A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu três homens suspeitos de integrar a quadrilha que roubou 13 toneladas de produtos de higiene e limpeza em Itumbiara, Goiás. As mercadorias foram encontradas, na última quarta-feira (27), em dois caminhões que também foram apreendidos em um depósito em Santa Maria.
A carga roubada pelo grupo foi avaliada em R$ 1,2 milhão. Entre os produtos, estavam desodorantes, sabonetes, shampoos e condicionadores de uma empresa de produtos de higiene pessoal.
A polícia de Goiás chegou à localização do depósito depois que a empresa que teve o caminhão roubado forneceu os dados do GPS com a posição do local e avisou à polícia do Goiás. Os caminhões vinham de São Paulo com destino a Goiás e eram abordados nas rodovias. Os motoristas eram feitos reféns e liberados somente após o grupo receptar as mercadorias.
Caminhões apreendidos em depósito de Santa Maria, no DF (Foto: Elielton Lopes/G1)
No depósito, havia um adolescente de 15 anos, sobrinho de um dos integrantes da quadrilha, que vigiava a carga. Ele não foi apreendido porque, segundo a polícia, não sabia que atividades ilícitas eram praticadas no local. O jovem será ouvido como testemunha.
Outros imóveis em Santa Maria usados pela suposta quadrilha também foram vistoriados pela polícia. Após prender os três homens no depósito, os agentes fizeram buscas em outros locais e apreenderam mais produtos roubados. Segundo o delegado que investiga o caso, a quadrilha praticou ao menos mais quatro roubos a cargas nos últimos seis meses.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha tem cerca de dez membros e revendia os produtos para supermercados no DF. Os estabelecimentos identificados vão responder por receptação, já que sabiam que a origem dos produtos era ilícita.
Há suspeita de que a quadrilha tenha ligação com outro grupo que mantinha um galpão com carga roubada na Cidade do Automóvel. A polícia encontrou o local no último sábado (22) e se deparou com "montanhas" de produtos contrabandeados, com etiquetas e documentos do Paraguai, além de material legítimo interceptado em rodovias.
A operação foi feita em parceria com as polícias Civil e Militar de Goiás. Quando chegaram ao local, os policiais encontraram um caminhão ligado, conectado a um aparelho que "corta" o sinal do GPS. Segundo a corporação, esse método engana as transportadoras, dando a impressão de que os veículos estão rodando normalmente.
A investigação aponta que o galpão era usado como uma "central de distribuição" dos produtos roubados. No local, as caixas eram fracionadas e entregues a outros operadores do esquema, que tratavam de revender a carga no atacado e no varejo. Luzes foram instaladas no espaço, para permitir que os trabalhadores também atuassem à noite, segundo os policiais.