14/10/2024 às 05h43min - Atualizada em 14/10/2024 às 05h43min

O plano C do senador Davi Alcolumbre para ajudar o irmão

Josiel coleciona uma série de fracassos políticos e, nas últimas eleições, ainda foi alvo da Polícia Federal por suspeita de compra de votos

​O senador Davi Alcolumbre (União) e o irmão, Josiel Alcolumbre (União) - (reprodução/Reprodução)

No modo de falar, de se vestir e até de andar, os dois parecem gêmeos. Mas na política, o senador Davi Alcolumbre (União), 47 anos de idade, é um sucesso. Já  Josiel Alcolumbre (União), 51 anos, que é seu suplente do irmão no Senado, coleciona uma série de fracassos na política.

Davi Alcolumbre foi presidente do Congresso e já está em plena campanha para voltar a comandar novamente o Parlamento no ano que vem. Nas eleições municipais, o senador conseguiu eleger doze aliados no  Amapá. Parece pouco, mas é bom lembrar que o Estado tem apenas 16 municípios.

O irmão, porém, amarga uma série de derrotas. Em 2020, em meio a uma crise energética no Amapá, Josiel perdeu a eleição para prefeito de Macapá. Até julho deste ano, ele pretendia disputar novamente a prefeitura da capital, mas desistiu diante dos altos índices de a aprovação do atual prefeito, Dr. Furlan, que acabou foi reeleito.

Davi e Josiel chegaram a bolar um plano de contingência para ganhar espaço político. O Alcolumbre mais velho se candidataria a vereador, se eleito usaria a influência do irmão para presidir a Câmara de Macapá e, com isso, se cacifaria para projetos políticos mais ambiciosos. Mas, de novo, deu tudo errado. O irmão do senador  teve parcos 2,5 mil votos e não se elegeu. Conseguiu apenas uma suplência.

Estratégia agora é abrir uma vaga na Câmara de Vereadores
Nesta semana, soube-se que Josiel articula um plano C. Com a ajuda do irmão, ele negocia com o governador Clécio Luiz (Solidariedade) um cargo no executivo local para um vereador do União. Assim, ele assumiria a vaga na Câmara. A ideia é nomear o vereador Banha Lobato (União), mas ela já disse a interlocutores que não pretende abrir mão do mandato.

Além dos tropeços eleitorais, Josiel ainda enfrentou problemas de outra natureza durante a campanha. No início do mês, a Polícia Federal realizou buscas em endereços ligados a ele. Os agentes encontraram 5 mil reais em um dos locais visitados, mas o candidato negou qualquer envolvimento na compra de votos. No comitê de campanha, encontraram só santinhos.

 
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