04/08/2017 às 07h16min - Atualizada em 04/08/2017 às 07h16min

Doria diz que Aécio deve ter grandeza de entender que seu ciclo se encerra

Prefeito de São Paulo também disse que decisão da Câmara de barrar denúncia ajuda a serenar a política

Estadão.

Em agenda na capital do Paraná, nesta quinta-feira, 3, o prefeito de São Paulo, João Doria, defendeu mais uma vez que o ciclo de Aécio Neves (PSDB-MG) saia do comando do partido. O senador afirmou nesta quinta que continuará como presidente licenciado e o senador Tasso Jereissatti (CE), como interino.

 

"Entendo que o senador Aécio Neves tenha a grandeza de compreender que seu período se encerra neste momento para uma nova etapa na vida do PSDB, que ele continuará sendo um bom senador da República, bom senador para Minas Gerais e para o PSDB", afirmou. "Meu respeito pelo senador Aécio Neves, sua biografia e história, mas entendo que é hora de mudar a direção do PSDB, não apenas porque o senador está sendo investigado - e eu acredito em sua inocência. Eu defendo fortemente que ainda em agosto ou setembro o PSDB democraticamente promova eleições para a Executiva Nacional", completou o prefeito.


Na noite de quarta-feira, 2, Elena Landau e Gustavo Franco, ex-presidente do BNDES e ex-presidente do Banco Central, respectivamente, na gestão Fernando Henrique Cardoso, divulgaram uma carta defendendo renovação do comando partido e desembarque do governo.

 

Durante encontro com empresários e políticos na Universidade Positivo, em Curitiba, Doria também disse que a decisão da Câmara de rejeitar a denúncia de corrupção passiva contra Temer vai "ajudar a serenar" a política. "Congresso Nacional é soberano e tomou a sua decisão que neste momento vai ajudar a serenar um pouco a política e a fazer foco na economia", afirmou.

 

Gestão. Na coletiva de imprensa, o prefeito disse que apresentará o projeto do Parque Augusta na sexta-feira, 4, e defendeu ainda sua gestão frente à Prefeitura de São Paulo, em que ele diz ter feito "transformações profundas" em sete meses no cargo. "Haddad me deixou um rombo de R$7,5 bilhões. Aliás, uma ressalva à ele, Haddad é um raro petista sério e honesto. Apenas um mau gestor", disse.

 

Doria aproveitou para criticar outro petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Lula nunca limpou um esgoto, como eu fiz, porque ele não gosta de trabalhar. Eu amo trabalhar. Eu amo compartilhar e o Lula ama ganhar: dinheiro na previdência, triplex, dinheiro vindo da corrupção. O Lula ama enganar", afirmou. 


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