Um grupo de manifestantes fixou faixas pedindo a adoção de voto impresso durante uma sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta terça-feira (29). Os manifestantes entraram na comissão com mensagens solicitando a "contagem pública de votos" que ocorreria por meio de um cédula que seria impressa pelas urnas eletrônicas após a votação.
O tema ganhou força durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que questionou, diversas vezes, a integridade do sistema atual de coleta de votos no Brasil e as urnas eletrônicas usadas durante o pleito. Em razão das alegações de fraude, sem provas, o ex-presidente acabou ficando inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com fontes consultadas pela reportagem, é a primeira vez que os manifestantes podem utilizar este tipo de faixas e cartazes no plenário da CCJ, que está sob poder do PL - partido de Jair Bolsonaro. Nas gestões anteriores da comissão, mesmo placas menores eram proibidas.
Na ocasião, a Justiça Eleitoral destacou que o sistema é seguro, não pode ser invadido em larga escala, em razão das urnas não terem conexão com a internet e que é possível fazer uma auditoria dos votos após cada eleição.
A Justiça Eleitoral permite acesso aos softwares utilizados na urna eletrônica por meio de testes públicos de segurança, que são realizados antes de cada pleito e contam com participação da Polícia Federal, Ministério Público, universidades e especialistas da área de tecnologia que avaliam eventuais vulnerabilidades do sistema - que são corrigidas com novas atualizações quando são encontradas.