O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (29/10), em visita ao Senado Federal, que é “segundo plano” quando se trata do pedido de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
“A prioridade nossa é o pessoal que está preso. Eu sou segundo plano”, disse em entrevista a jornalistas.
“Cada segundo que aquelas pessoas permanecem presas injustamente é uma eternidade. Mas esse é o caminho que nós temos para buscar alternativas”, completou.
O projeto prevê anistia a “todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta lei”.
Segundo a avaliação de Bolsonaro, o projeto deve ser votado ainda este ano. O ex-presidente está inelegível até 2030, mas a medida poderia reverter as decisões judiciais que implicaram em sua inelegibilidade.
Retirada da CCJ
A proposta foi retirada da Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ) da Câmara hoje por ordem do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
A presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), havia pautado o projeto para a sessão desta tarde. Pela manhã, no entanto, Lira fez a movimentação e "atrasou" o PL. Na prática, a proposta volta a ser analisada do zero. Caso fosse aprovada na CCJ, o projeto seguiria direto para o plenário da Casa.