01/11/2024 às 06h04min - Atualizada em 01/11/2024 às 06h04min

Apoio do PT à candidatura de Hugo Motta frustra PSD, de Antonio Brito

Líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), anunciou apoio à candidatura de Hugo Motta para presidência da Casa

Foto: ​Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O líder do Republicanos na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), já recebeu apoio tanto da bancada do PT como da do PL para substituir Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa. O movimento sacudiu as demais candidaturas que fazem parte da base governista de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além de Motta, estão concorrendo à presidência da Câmara dos Deputados os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA). Ambos os partidos ocupam espaço na Esplanada dos Ministérios, mas o anúncio de apoio do partido do presidente a Motta afetou, em especial, o candidato de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.

Pessoas próximas a Antonio Brito, que disseram que não esperavam um movimento tão cedo do PT, visto que a eleição para substituição de Lira acontece apenas em fevereiro de 2025.

“Num processo de construção institucional, a bancada do Partido dos Trabalhadores, para garantir o funcionamento adequado dos partidos aqui na Casa, compreendeu que o bloco que vai apresentar a candidatura do nosso deputado Hugo Motta é o bloco que vamos construir. Se trata de um bloco de funcionamento institucional da Casa”, disse Odair Cunha, líder do PT na Câmara.

Interlocutores defendem que o movimento do PT pode dificultar a votação de propostas do governo federal, como a proposta de emenda à Constituição (PEC) para revisão de gastos obrigatórios, que tem sido discutida dentro do Ministério da Fazenda para conseguir aliviar as contas públicas.

Um exemplo foi a votação do segundo texto da regulamentação da reforma tributária, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/24, em que foram 303 votos favoráveis e 142 contrários.

Vale destacar que, para votação do PLP foi necessário um acordo entre os líderes da Casa para evitar que o governo Lula tivesse uma derrota no plenário da Câmara. A discussão a respeito do tema iniciou no começo da semana, mas o texto foi para votação apenas na quarta-feira (30/10).


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