Com a chegada do período chuvoso, os alagamentos voltam a preocupar os moradores de Goiânia. Mais de 30 áreas de riscos e 94 pontos de alagamento são monitorados pela Defesa Civil na capital. A maior parte fica na região Central da cidade.
Ao todo, são 32 áreas de risco monitoradas atualmente pela Defesa Civil Municipal, são elas: 11 na região Central; 7 na Leste; 4 na região Oeste e na Norte; 3 na Noroeste; 2 na Sul; e 1 na Sudoeste. Dentre os locais, 8 possuem um risco muito alto e 13 são avaliadas como de risco alto. Os demais são descritos como apresentando risco de médio a alto.
Até janeiro de 2023, a Defesa Civil tinha mapeado pelo menos 94 pontos de alagamentos ou considerados críticos em Goiânia. Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana de Goiânia (Seinfra), desse número, mais de 60 pontos sofreram intervenções para evitar alagamentos. Atualmente, a Defesa Civil monitora 32 pontos de risco. Ainda segundo a pasta, o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) de Goiânia está em fase final de elaboração, o que deve ajudar a resolver o problema de alagamentos na cidade.
Em Goiânia, os pontos de alagamentos são informados por placas que avisam sobre o risco no local. Conforme a lista da Defesa Civil, há 14 locais em que há risco de inundação. Nesses casos, a única possibilidade é a retirada das construções no local, pois estão dentro da área de cheia dos córregos mais próximos.
Avaliação
Kléber Formiga, professor da UFG e que integra o Grupo de Trabalho do Crea-GO, que estuda a Drenagem Urbana de Goiânia, disse que os alagamentos geralmente ocorrem por diversos fatores combinados. “Alterações climáticas que estão resultando em um volume anormal de chuvas somadas à impermeabilização do solo, que não permite que a água tenha áreas de infiltração e chegue com muito volume em determinados locais, são agravadas pela poluição e o entupimento dos bueiros”, analisou.
De acordo com ele, é necessário uma série de ações que envolvem o poder público, com a elaboração responsável e cumprimento à risca do Plano Diretor de Drenagem Urbana e a promoção do desenvolvimento sustentável, além da conduta consciente por parte da população, que deve respeitar área permeável dos lotes e não jogar lixo nas calçadas.
Ainda segundo mapeamento da Defesa Civil de Goiânia, a capital tem diversos pontos críticos que podem sofrer alagamentos, inundações, deslizamentos e erosões com fortes chuvas.
Entre os pontos de alagamentos, destaca-se os locais na região Central de Goiânia como os que ficam nos bairros: Vila Montecelli, Vila Santa Helena e Vila Nossa Senhora Aparecida. Na região Oeste, há risco de alagamentos no Jardim Mirabel e Goiânia Viva.
Também há monitoramento de áreas que tem risco de sofrerem com inundações. Na região Noroeste da capital, os bairros Córrego Fundo e Recanto do Bosque têm risco alto de inundação. Na região Norte, Vila Roriz e Vila Maria Rosa seguem em monitoramento pelo mesmo motivo. Na parte Oeste de Goiânia, a preocupação está no residencial Serra Azul, que inclusive atingiu moradores em outubro deste ano.
Ainda seguindo a lista, na região Sudoeste de Goiânia o risco está no setor Capuava. Na parte Leste da capital, o perigo está no Conjunto Caiçara e na Colônia Santa Marta.
E por fim, na região Central é que concentra a maior parte das aéreas de risco monitorada pela Defesa Civil de Goiânia. Os bairros mais preocupantes são: Vila Fernandes, Vila São José, Setor Gentil Meirelles, Setor Norte Ferroviário, Setor Aeroporto, Setor dos Funcionários e Vila Monticelli.