Senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que apoiou o golpe que alçou Michel Temer à presidência, disse Michel Temer precisa ter a modéstia de reconhecer que ganhou apenas um fôlego no poder com a anistia ao crime de corrupção passiva outorgada a ele pela Câmara; "Mesmo com a mão, ele venceu politicamente e, provavelmente, vai sobreviver até o final de 2018. O que a gente precisa, Temer, é que o senhor ajude o Brasil a sobreviver também", disse
A decisão do Plenário da Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira (2), de rejeitar o pedido da Procuradoria-Geral da República de abertura de processo por crime comum contra o presidente da República, Michel Temer, foi uma vitória, mas com um "gol de mão", avaliou nesta quinta-feira (3) o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).
Para o parlamentar, o presidente precisa ter a modéstia de reconhecer que ganhou apenas um fôlego no poder e, assim, buscar soluções para a crise do país.
— Mesmo com a mão, ele venceu politicamente e, provavelmente, vai sobreviver até o final de 2018. O que a gente precisa, Temer, é que o senhor ajude o Brasil a sobreviver também — disse.
Cristovam sugere que Temer busque adquirir credibilidade junto à opinião pública para dar prosseguimento às reformas necessárias para o país retomar o crescimento. Os primeiros passos segundo o senador são remontar seu ministério e mudar a maneira de se relacionar com o Congresso, acabando com a compra de votos por meio de emendas parlamentares e influência. Para o senador, é preciso definir prioridades.
— O Brasil está amarrado: Problemas de saúde, educação e de violência. Não adianta ficar dizendo que não tem dinheiro. É preciso dizer o que fazer sem dinheiro. Como fazer as coisas com menos dinheiro — sugeriu.