18/11/2024 às 06h45min - Atualizada em 18/11/2024 às 06h45min

Alexandre de Moraes ostenta credenciais de 'juiz universal da democracia', afirma Estadão

Ministro se pronuncia sobre o suicida de Brasília; jornal diz que, neste momento, a opinião do juiz é 'absolutamente irrelevante'

​'O incontido ministro Alexandre de Moraes estufa o peito e ostenta credenciais', diz Estadão

O episódio suicida de Francisco Wanderley Luiz, em Brasília, na noite de quarta-feira, 13, levou Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a fazer um pronunciamento na Praça dos Três Poderes. O juiz aproveitou a situação para se levantar contra uma eventual anistia aos vândalos.

Em seu editorial de opinião deste sábado, 16, o jornal O Estado de S.Paulo classificou o comportamento do magistrado como “vícios incontroláveis”.

“Para surpresa de rigorosamente ninguém, bastaram poucas horas depois das explosões na Praça dos Três Poderes para o incontido ministro estufar o peito e ostentar as suas credenciais de plenipotenciário guarda-costas da democracia no país”, escreveu o jornal.

A opinião de Alexandre de Moraes é ‘absolutamente irrelevante’

Ainda segundo a publicação, Moraes “arvorou-se em analista político” e, como se tudo isso não bastasse, “instrumentalizou sua cadeira de ministro do STF para vender a ideia de que seria o juiz universal da defesa do Estado Democrático de Direito no Brasil”.

O Estadão destaca no texto que não cabe ao “sr. Moraes” vir a público para dizer “o que acha ou deixa de achar” sobre o suicídio, suas eventuais repercussões políticas e, principalmente, jurídicas.

De acordo com o editorial, neste momento, é “absolutamente irrelevante” a opinião de Moraes – ou de qualquer outro ministro do STF – sobre o que ocorreu em Brasília e também sobre seus possíveis desdobramentos. “O que ele tem a dizer, que o diga eventualmente nos autos”, enfatiza o texto.

O Estadão faz um alerta sobre as ações de Alexandre de Moraes: “A sociedade já testemunhou uma história muitíssimo parecida e sabe muito bem como isso termina”.

Com informações do Estadão.


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