Morreu, na terça-feira (10), o pai do homem quebrou a porta de vidro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, na tentativa de conseguir uma ambulância para transferir o genitor para um hospital após 15 horas de espera. Raimundo Santos Rodrigues, 72 anos, estava com suspeita de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e ficou internado cinco dias na UTI do Hospital Estadual de Anápolis (Heana).
O falecimento foi confirmado pela assessoria do Heana. O hospital informou que o paciente morreu às 6h38 de terça-feira. Uma nota completa com mais detalhes deve ser enviada e esta matéria será atualizada.
O filho do idoso, Domingos Rodrigues Neto, 48, disse que “gostaria de agradecer pela matéria do jornal, mas hoje [terça-feira, 10], às 6h30 da manhã, meu pai faleceu; esta morte não pode ficar impune, pois da forma que está, várias outras vidas irão ser ceifadas”.
O portal também procurou a prefeitura de Planaltina de Goiás para comentar o caso. Até o momento não houve retorno.
Dia da ocorrência
No dia em que Domingos Rodrigues Neto, filho de Raimundo, quebrou a porta da UPA, a Polícia Militar (PM) foi acionada e ele foi preso. Para os policiais, o homem contou que levou o pai para a Unidade na noite da última quarta-feira (4), com suspeita de um AVC.
Ao chegar na unidade de saúde, o médico constatou que Raimundo deveria passar por uma cirurgia de urgência. A equipe médica conseguiu uma vaga no Hospital Estadual de Anápolis (Heapa), localizado a 55 km de Goiânia, mas a transferência dependia da chegada de uma ambulância.
O médico então sugeriu intubar o aposentado para que ele já chegasse ao hospital preparado para a cirurgia. No entanto, a ambulância só chegou 15 horas após a solicitação. Diante da situação, segundo o homem, ele perdeu a paciência e quebrou a porta do hospital com uma cadeira e chegou a machucar o pé com os estilhaços. O filho também tentou pedir ajuda ao prefeito da cidade, mas sem sucesso.
A UPA acionou a Polícia Militar, que chegou ao local e levou o filho do paciente para a delegacia, onde ele permaneceu preso por cinco horas. Após ouvir testemunhas que confirmaram a revolta do homem diante da demora da ambulância, o delegado decidiu liberar o homem.