Ultimamente tenho observado nas congregações que o Evangelho de Jesus está perdendo espaço para políticos que são evangélicos apenas no título, e o pior, se julgam donos da congregação, até porque molham a mão de alguns mandatários, e a outros compram com subempregos para parentes.
Esse atuação de políticos “evangélicos” no cenário atual tem gerado reflexões profundas sobre a conduta e os valores de quem se diz seguidor do Senhor Jesus. Em nome de um “deus” moldado por interesses pessoais e institucionais, muitos têm se distanciado dos princípios fundamentais do Evangelho. Ao invés de promoverem unidade, amor e justiça, suas práticas revelam um retrocesso à essência da Igreja primitiva, marcada por integridade e compromisso com a verdade.
É preocupante observar como a ambição por poder e influência tem levado pseudos líderes religiosos a adotarem práticas contrárias ao ensino de Cristo. Alguns mentem descaradamente para manter suas posições ou conquistar novos seguidores. Usam a fé como ferramenta de manipulação, alimentando um “deus” criado por eles mesmos, que serve apenas para justificar suas ações inescrupulosas. Esse comportamento contradiz totalmente o exemplo de Jesus, que jamais compactuou com a mentira ou com a hipocrisia.
Além disso, o calote e a desonestidade financeira tornaram-se comuns em certos círculos políticos evangélicos. Há quem pregue prosperidade enquanto desrespeita compromissos básicos com seus credores, prejudicando não apenas indivíduos, mas também a imagem do Evangelho como um todo. Tal prática não reflete o caráter de Cristo, que valorizava a fidelidade em todas as áreas da vida.
Outro problema alarmante é a divisão que esses pseudos líderes causam nas igrejas. Por meio de discursos polarizadores e exclusivistas, promovem acepções de pessoas, classificando quem é “digno” ou “indigno” de pertencer à comunidade de fé. A mensagem inclusiva do Evangelho, que acolhe a todos sem distinção, é desvirtuada em prol de agendas pessoais e políticas.
Essa falsa espiritualidade também se manifesta nos púlpitos, onde muitos agem com hipocrisia. Pregam mensagens que não vivem, manipulam a Palavra de Deus para atender seus próprios interesses e utilizam a autoridade espiritual como meio de controle. A plataforma que deveria ser usada para proclamar a verdade e edificar vidas torna-se palco de engano, mentira e vaidade
Discurso hipócrita. Ilustração/Google
O cenário é tão grave que, em nome desse “deus” deturpado, não é difícil imaginar que alguns possam, eventualmente, justificar até mesmo atos extremos, como tirar vidas. O espírito de intolerância e fanatismo que acompanha essas atitudes é completamente alheio ao Evangelho de amor, perdão e reconciliação. Cristo jamais sancionaria violência ou morte em Seu nome.
É urgente que os cristãos discernem entre o verdadeiro Evangelho e o falso, entre o Deus da Bíblia e o “deus” criado por homens. A Igreja do Senhor Jesus precisa voltar à sua essência, abandonando práticas corruptas e comprometendo-se novamente com a justiça, o amor e a verdade. Apenas assim será possível recuperar a credibilidade e cumprir a missão para a qual foi chamada.
Em tempo: Em Provérbios 12:17, está escrito: ‘O que diz a verdade manifesta a justiça, mas a falsa testemunha diz engano’.