Uma advogada denunciou que um médico ortopedista da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Noroeste, no Bairro Curitiba, em Goiânia, negou atendimento ao seu namorado. Ele chegou ao local com o punho quebrado, após um acidente de moto, no sábado (4). Segundo a mulher, ela e o rapaz aguardavam atendimento desde às 16h.
A denunciante disse que o rapaz foi levado à UPA do Setor Urias Magalhães e posteriormente foi encaminhado à Unidade do setor Vila Nova, onde foi informado que haveria um ortopedista. Após horas de espera, disseram que o especialista não estaria disponível e os encaminharam para a UPA da região Noroeste.
No local, o médico informou que não iria atender o rapaz, pois a ficha estava errada. Nesse momento, o paciente foi à recepção e pegou uma nova ficha. Quando foi chamado no painel e chegou ao consultório, o profissional declarou, novamente, que não faria o atendimento e que ele poderia procurar outro especialista em outra unidade.
Confusão
Com a nova negativa, a mulher começou uma gravação. Antes mesmo do rapaz se apresentar, o médico, que estava sentado em sua cadeira, afirmou que não realizaria o atendimento. Ainda de acordo com ela, o profissional foi agressivo, proferiu palavras de baixo calão, abandonou o plantão e deixou o paciente sem atendimento. Ela, então, disse que chamaria a polícia, pois outras pessoas também ficariam sem atendimento.
O próprio médico declara durante as gravações que já acionou os agentes, pois, segundo ele, a mulher, que se apresenta como advogada, “agiu com ignorância”. Por esse motivo, inclusive, ele justificou a negativa à prestação do atendimento.
Em determinado momento, a mulher afirma que foi ignorante, pois o profissional disse que não iria atender o jovem. “Eu fui ignorante porque você falou que não ia atender.”
Depois, a coordenadora da unidade chega até a sala para saber o que estava se passando. Uma nova discussão se inicia e a mãe do paciente relata o que aconteceu para a responsável. Em uma das respostas do médico, ele diz que vai abandonar o posto e que sua superior pode “colocar falta” para ele. Em outro momento, afirma que o problema é da mulher que denunciou o caso.
Médico mandou a mulher “enfiar a OAB no ânus”
A denunciante ainda acusa o médico de ter mandado ela “enfiar a sua carteira da OAB no c#”. Nesse momento, a coordenadora da unidade libera o médico para ir embora e a gravação é pausada. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia afirmou que tomou conhecimento da denúncia e já solicitou informações sobre o que exatamente aconteceu. Caso seja comprovada a omissão de atendimento, tomará as medidas cabíveis.
Como o médico negou o atendimento e não havia outro profissional, o rapaz com o pulso fraturado não achou ortopedista em Goiânia e retornou para casa com o pulso fraturado. O portal também entrou em contato com a Polícia Militar, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.