16/01/2025 às 06h31min - Atualizada em 16/01/2025 às 06h31min

MP investiga ‘máfia dos atestados’ em Goiânia: são 21 mil afastados

Ministério Público apura "suposta má gestão de afastamentos temporários no âmbito da Junta Médica do Município"

​MP investiga suposta "máfia dos atestados" em Goiânia: 21 mil afastados (Foto: MPGO)

Cerca de 21 mil servidores de Goiânia estariam afastados por atestado médico. Desses, 4 mil seriam da educação, conforme informação da TV Anhanguera – conforme o prefeito Sandro Mabel (União Brasil), o número seria ainda maior. Os documentos estão em investigação pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), uma vez que existe uma suspeita de “máfia dos atestados”.

O órgão confirmou que “existe uma investigação em andamento na 50ª Promotoria de Goiânia que apura ‘suposta má gestão de afastamentos temporários (licença saúde e outros) no âmbito da Junta Médica do Município de Goiânia’. A apuração ainda está em fase inicial”.

Sobre os números, o MP diz que eles constam da representação feita ao órgão. Contudo, “apurar o quantitativo correto é o objetivo da própria investigação da promotoria”. A denúncia partiu de um servidor inconformado com a situação.

Ainda conforme apurou a TV, alguns desses afastados em Goiânia estariam trabalhando regularmente para o Estado. Com isso, o município teria que chamar substitutos, tendo novos gastos. Outra informação divulgada pelo veículo de comunicação é que médicos estariam vendendo atestados por R$ 100, o que caracterizaria a possível “máfia do atestado”.

O prefeito Mabel, inclusive, já disse que contrataria uma junta médica terceirizada para realizar perícias que, atualmente, levam até 2 anos. A ideia é que aqueles que, de fato, estão doentes sejam tratados, enquanto os outros recebam demissão e processo administrativo. Segundo ele, dos 20 mil funcionários da educação, 6 mil de licença médica. “Tem alguma coisa errada nisso. Tem gente há seis anos em licença médica, continua recebendo o salário, trabalha em outro lugar e está prejudicando quem paga imposto”, disse à reportagem.

Mabel e sua equipe assumiram há cerca de 15 dias. Procurada a prefeitura de Goiânia comento a situação. Confira a nota:

“A Secretaria Municipal de Administração (Semad) informa que está implementando um plano de ação para resolver o problema da fila de espera para perícias médicas, atualmente com cerca de 26 mil processos administrativos pendentes. A medida, determinada pelo prefeito Sandro Mabel, busca assegurar que as perícias sejam realizadas no mesmo mês em que ocorre o início da licença médica ou afastamento.

O plano, elaborado em conformidade com as atribuições regimentais, inclui uma parceria com a Controladoria Geral do Município para intensificar as auditorias médicas e apurar possíveis irregularidades no sistema. Além disso, a gestão atual está conduzindo uma auditoria para verificar o número exato de servidores afastados, incluindo os da Educação, e mapear o perfil das licenças médicas, considerando fatores como tempo de afastamento, diagnósticos (CID), entre outros.”


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