O protesto de caminhoneiros do Mato Grosso contra a visita do presidente Michel Temer à cidade de Lucas do Rio Verde já dura mais de três horas. Segundo a concessionária Rota do Oeste, o congestionamento no sentido sul e norte da BR-163, na altura do km 686, já tinha quatro quilômetros de extensão por volta das 10h.
“Temer está inaugurando uma usina, mas não é bem-vindo na nossa cidade pelo fato de estar envolvido nesses atos de corrupção. Ele usou dinheiro da população para comprar o apoio dos deputados e se salvar na cadeira de presidente”, disse o caminhoneiro Gilson Baitaca, um dos líderes do movimento de transportes de grãos do Mato Grosso.
De acordo com Baitaca, o protesto é contra o aumento de tributos e as denúncias de corrupção que atingem o presidente. O líder dos caminhoneiros lamentou o resultado da votação na Câmara dos Deputados, que barrou a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente por corrupção passiva. Baitaca também criticou o aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre combustíveis.
“O maior custo do transporte é com combustível. Com esse aumento, ele impactou em torno de 10% o preço do óleo diesel, o preço passou de R$ 3 para R$ 3,30 aqui. Todo o setor produtivo, inclusive a agroindústria, está pagando essa conta”, disse.
“Nós, caminhoneiros, estamos cumprindo o dever com a pátria ao protestar contra esses atos de corrupção e de abuso de poder. O presidente está tirando alimento da mesa do trabalhador para cobrir os custos da corrupção”, afirmou.