Ex-presidente e ex-servidores da Goinfra deixam prisão

Ex-presidente da Goinfra e ex-servidores foram presos no âmbito da operação que investiga desvios em obras públicas

03/02/2025 06h28 - Atualizado há 1 dia
Ex-presidente e ex-servidores da Goinfra deixam prisão
Ex-presidente da Goinfra Lucas Vissotto, preso na operação Obra Simulada (Foto: Divulgação)

O ex-presidente da Goinfra Lucas Vissotto deixou a prisão neste domingo (2). A informação é da assessoria do advogado que cuida da defesa de Vissotto, Marcelo Di Rezende. Também já estão em liberdade Thiago Carim Bucker, Gabriel Tertuliano, Vitor Andrisani Berquí e Adriano Mendes Ribeiro, ex-servidores do órgão. Todos foram soltos porque expirou o prazo da prisão temporária.

Eles foram presos no âmbito de uma operação da Polícia Civil de Goiás que apura indícios de irregularidades em contrato de R$ 27 milhões para reforma de prédios públicos em Goiás. A única investigada que trabalhava da Goinfra e permanece presa é Thayana Torres Avelar Nasser da Veiga. Ela se entregou à polícia depois das primeiras detenções e a prisão temporária dela ainda está no prazo de vencimento.

Em nota, a assessoria do advogado Marcelo Di Rezende disse que “Lucas e Thiago sempre estiveram à disposição das autoridades competentes, desde o início da investigação, em 2024, e permanecerão colaborando com a apuração para demonstrar a inexistência de quaisquer irregularidades”.

O advogado ressalta que, em depoimento na última semana, Lucas e Thiago “apresentaram fatos e provas necessários para evidenciar de forma inequívoca a inocência deles”. Di Rezende reforça, ainda, a confiança na Justiça e nas instituições democráticas.

Ex-presidente e outros nomes

Os demais alvos da operação Obra Simulada foram José Francisco Alves Pereira, Marcus Emmanoel Chaves Vieira, Luiz Romildo de Mello, Francisco Roni da Rosa, Cíntia Marta Ataídes Vieira, Rosana Crisóstomo Ribeiro, Weslley Crisóstomo Nogueira da Silva, Marcus Emmanoel Chaves Vieira Júnior e Francisco Roni da Rosa Júnior.

Marcus Emmanoel se entregou à polícia no mesmo dia que Thayana, e também está em prisão temporária. Responsável pela defesa de Marcus, o advogado Alexandre Lourenço disse que o seu cliente já prestou depoimento e ressaltou acreditar no Poder Judiciário, a fim de se garantir o direito à ampla defesa e ao contraditório. Segundo o advogado, Marcus sempre esteve à disposição das autoridades competentes, desde o início das investigações, em 2024, e vai continuar colaborando com os trabalhos de apuração do caso.

Suspeitas

A investigação trabalha com indícios de fraude milionária em um contrato da Goinfra com uma empresa privada do Distrito Federal para manutenção de prédios públicos em 2023 e 2024. Estima-se que os cofres públicos tenham sofrido prejuízo de mais de R$ 10 milhões. Os mandados de prisão foram cumpridos em Goiânia, Anápolis e no DF.

Em nota, o Governo de Goiás afirmou que as suspeitas de irregularidade foram levantadas pelo próprio Governo, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias. “O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos”, disse o Estado.

 


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