Após os Estados Unidos e a Argentina anunciarem que deixaram de participar da Organização Mundial de Saúde (OMS), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que se Jair Bolsonaro ainda fosse presidente o Brasil também deixaria de participar da Agência das Nações Unidas de saúde global.
A declaração foi feita através de uma publicação nas redes sociais. Na noite desta quarta-feira (5/2) Eduardo Bolsonaro compartilhou o comunicado que anuncia a saída da Argentina, publicado por Javier Milei, presidente da Argetina e comentou "Se @jairbolsonaro fosse presidente do Brasil sairia também. Bolsonaro sempre esteve certo." A publicação foi repostada na página de Jair Bolsonaro no X.
Nos comentários, alguns internautas questionam a razão do ex-presidente Jair Bolsonaro não ter deixado o mecanismo global de saúde no período em que era chefe do Executivo.
A debandada de países de direita da cúpula da Organização Mundial da Saúde começou com o anúncio de Donald Trump de deixar o grupo. O presidente americano afirma que a OMS fez uma má gestão da crise sanitária provocada pela covid19 e apontou outros problemas de saúde global. O diretor da OMS, Tedros Adhanon pediu que países e parlamantares pressionassem o presidente americano a voltar atrás, mas até o momento não houve qualquer sinalização nesse sentido.
Alguns dias após a decisão de Trump, a Argentina também anunciou que deixará a OMS. No comunicado, Milei seguiu o entendimento do presidente dos Estados Unidos e disse que a Organização falhou na resposta à crise sanitária da covid por orientar quarentena, o que gerou a 'maior catástrofe econômica da história mundial', e ainda assim provocou 130 mil mortes.
Durante a pandemia, o Brasil adquiriu mais de 9 milhões de doses de vacina contra contra a covid19 com o auxílio da OMS a partir de um consórcio de países do qual o Brasil era membro. Na época, a quantidade de vacinas produzidas a nível global era escassa e os países que faziam parte do consórcio tinham maior facilidade para adquirir e receber os imunizantes.
Adhanon chegou a elogiar o programa de vacinação brasileiro em setembro de 2021, durante uma reunião do G20 em Roma, na Itália. Na oportunidade, o então ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga estava presente.