Mais um presidente de partido da base de Lula abre fogo contra o governo

De acordo com o deputado Paulinho da Força agora, Lula está virando as costas para o povo brasileiro.

10/02/2025 06h29 - Atualizado há 17 horas
Mais um presidente de partido da base de Lula abre fogo contra o governo
Ao centro, o presidente Lula (PT) e o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) Foto: Divulgação/Solidariedade

O deputado federal Paulinho da Força (SP), presidente nacional do Solidariedade, se tornou mais um chefe de partido da base de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a abrir fogo contra o governo.

Em vídeo publicado no sábado, 8, o dirigente criticou a recomendação do presidente para que, diante da alta nos preços de alimentos, os cidadãos deixem de comprar itens que estão caros no supermercado.

“Não dá para por a culpa no povo. A culpa da inflação é do presidente da República. Se está ruim, demite seu ministro da Economia. Manda o Fernando Haddad embora e põe alguém [no cargo] que possa tocar a economia. Se você [Lula] pensa que a economia está boa, vai lá no mercado ver o preço dos alimentos”, disse Paulinho.

O próprio autor da crítica citou sua relação com o presidente. “Muitas vezes estive ao seu lado. Inclusive, o Solidariedade foi o primeiro partido a te apoiar na última eleição. E agora, você está virando as costas para o povo brasileiro?”, questionou.

Além do apoio de largada na campanha presidencial de 2022, que contribuiu para Lula ampliar sua aliança para fora da esquerda, a legenda se alia ao governo em votações na Câmara dos Deputados e é um elo de contato do Planalto com movimentos sindicais de São Paulo — ex-metalúrgico, Paulinho foi presidente da Força Sindical no estado.

Em 29 de janeiro, Gilberto Kassab (PSD) abriu a contagem de presidentes de partidos da base — seus colegas de sigla comandam três ministérios — a se voltarem contra a gestão Lula. Assim como Paulinho, o ex-ministro elegeu a economia como alvo e chamou Fernando Haddad de “fraco”.

Como relatou o site IstoÉ, o movimento se dá em um contexto de fragilização do governo, demonstrado por pesquisas de avaliação popular e recuos políticos.

 


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