Estimados leitores, a questão de infraestrutura é fundamental para a nação brasileira. Nós devemos entrar em colapso em relação ao transporte em três anos, porque estamos investindo somente 1,5% do PIB, não conseguimos manter as nossas estradas. E no levantamento que fizemos recentemente na questão hidroviária, achamos que a situação na parte de hidrovias, o Brasil não aproveita o seu potencial, especialmente em navegação em rios e lagos e no Oceano Atlântico.
É uma alternativa eficiente e sustentável, porque a estrada está pronta, utiliza a água como transporte. Nós enfrentamos sérios desafios estruturais que limitam esse desenvolvimento. Atualmente, o transporte hidroviário representa apenas 5% do movimento de cargas do país, uma subutilização alarmante.
Com apenas 2,3 quilômetros de hidrovias economicamente utilizados para cada mil quilômetros, estamos perdendo uma oportunidade valiosa de otimizar a logística, reduzir custos, melhorar a competitividade da nação. A criação de uma Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação por meio de decreto é importante, mas ainda precisamos de políticas públicas robustas e investimentos adequados. O Tribunal de Contas destaca a urgência de uma abordagem coordenada para superar esses obstáculos e promover o crescimento desse setor, que é vital para melhorar a competitividade da nação no transporte.
É hora de investir. O potencial hidroviário do Brasil, com medidas adequadas, podemos transformar as hidrovias em um pilar da matriz de transporte, atraindo investimento e dando um impulso para o desenvolvimento econômico mais sustentável e dando condições para que a gente possa unir esforços para mudar essa realidade e aproveitar essa riqueza que é inexplorada.