O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de outubro de 2022 em ato de campanha em Guarulhos (SP).
A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), aponta que 71% dos brasileiros afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem cumprido suas promessas de campanha. A parcela dos eleitores que consideram que o mandatário tem honrado seus compromissos é de 24%, enquanto 5% não responderam.
O levantamento também revela uma avaliação negativa do comportamento de Lula: 47% dos entrevistados acham que o presidente não é "bem-intencionado", índice numericamente superior ao daqueles que defendem sua integridade (44%). Outros 9% não responderam. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A mesma pesquisa mostra que a desaprovação do presidente disparou 7 pontos percentuais em relação a janeiro, chegando a 56%. Segundo o cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, parte da desaprovação do governo se explica a partir desses dados.
— A alta da desaprovação está na quebra de confiança do eleitorado com o presidente Lula. Além de não conseguir cumprir as promessas de campanha, cada vez menos gente vê o presidente como bem intencionado — disse.
Os recortes apontam para uma maior insatisfação com temas econômicos. Também são 56% os que acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses. A parcela que avalia uma melhora ficou em 16%, enquanto 26% consideram que "ficou do mesmo jeito".
O maior problema parece ser a alta nos preços: 88% afirmam que os alimentos ficaram mais caros no último mês. Esse índice é de 70% para a gasolina e de 65% para a conta de água. Além disso, 81% dizem que o poder de compra do brasileiro diminuiu em relação a um ano atrás.
Apesar da taxa de desemprego ter recuado e registrado uma média de 6,6% em 2024, a percepção da população não acompanha essa melhora. Para 53%, está mais difícil conseguir um emprego hoje do que há um ano; para 35%, a situação está mais favorável.
Contratada pela Genial Investimentos, a Quaest entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 27 e 31 de março. A pesquisa tem um índice de confiança de 95%.
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