19/08/2017 às 07h11min - Atualizada em 19/08/2017 às 07h11min

Moradores que tiveram casa alagada acusam Caesb de dificultar ressarcimento

Após o rompimento da adutora, presidente da companhia afirmou ao Correio que os prejudicados pelo acidente seriam reembolsados

Correioweb

Os moradores que tiveram as casas alagadas após o rompimento de uma adutora na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), na manhã desta quinta-feira (18/8), relatam que a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) está dificultando o ressarcimento das perdas. De acordo com a Defesa Civil, 28 casas foram atingidas pela água que vazou das tubulações. 

 

"Desespero", define vítima que teve casa destruída por água de adutora

A analista de sistemas Vanessa Dantas, 33 anos, moradora do Condomínio Village das Pedras, também teve a casa alagada pela água da adutora. O quarto dos filhos foi o mais atingido e, para tirar as crianças que dormiam no local na hora da enchente, a mulher teve que quebrar uma janela com as mãos. “Funcionários da Caesb vieram até a minha casa, mas em um primeiro momento já disseram que itens como sofá, cama, calçados e até duas guitarras só precisavam de um pano para tirar a sujeira”, explica.

 

Segundo Vanessa, os funcionários da companhia teriam pedido que ela tirasse foto de tudo que foi destruído, fizesse três orçamentos com preços diferentes e levasse até a Caesb. “Depois disso, se eles concordarem que eu mereço ser ressarcida, teria que esperar um prazo de até 90 dias. Mas o que faço enquanto isso? Se continuar assim, irei entrar na Justiça contra o órgão”, garante.

 

Proprietário de uma chácara em frente ao local do rompimento, Alessandro Oliveira Martins, 25 anos, conta que horas após o alagamento, a Coordenadoria de Sinistros da Caesb foi até a residência para avaliar as perdas. “Era uma pessoa sem educação alguma para exercer a função. Ele disse que os guarda roupas não estragavam por serem de madeira, que só precisava passar um pano. Já o sofá e camas eram só colocar no sol que secava, e tudo isso com tom de deboche”, conta. 

 

O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, esteve no local do rompimento da adutora e disse à imprensa que os prejudicados pelo alagamento seriam ressarcidos. Mais tarde, em entrevista ao Correio, garantiu novamente que o ocorrido era “um caso de responsabilidade da Caesb”. 

 

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da companhia, que declarou que o processo de ressarcimento de danos na Caesb é iniciado através de registro e solicitação pelo cliente no site da empresa. “Após o registro, a área de Sinistro entra em contato por telefone com o solicitante e presta todas as orientações que pautarão o processo até a sua finalização, com o ressarcimento do dano causado. Solicitamos que todos os clientes envolvidos sigam esse procedimento.”


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