O militante do Movimento Brasil Livre (MBL) que teria sido chutado pelo deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) em confusão na Câmara no ano passado criticou a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de frear o processo de cassação do psolista. Após Glauber fazer uma greve de fome por oito dias, Motta fez um acordo: prometeu não pautar a cassação no plenário por 60 dias, dando tempo de defesa ao parlamentar.
Nas redes sociais, Costenaro afirmou que a movimentação política criou um "precedente" de como conseguir as coisas no Congresso Nacional. "Faz merda e quer adiar uma cassação? É só dormir no Salão Verde e falar que também fará uma greve de fome", escreveu o militante.
Em outra publicação, escreveu que a greve de fome foi a solução para "inocentar um deputado que iniciou e provocou tudo que aconteceu".
Entre quarta-feira (9) e esta quinta-feira (17), Glauber fez greve de fome. A decisão ocorreu logo após a Comissão de Ética aprovar o parecer favorável à sua cassação: ele deixou de se alimentar, consumindo apenas soro, água e isotônicos, e dormiu esses dias no Anexo 2 da Câmara, onde sua esposa, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), providenciou um colchão e uma cobertura.
Glauber responde a um processo disciplinar após ter chutado Gabriel Costenaro durante uma discussão em abril de 2024. Na ocasião, a discussão seguiu para o exterior da Câmara e precisou ser apartada por policiais legislativos, que conduziram os dois para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara.