Moraes nega pedido de Filipe Martins para circular em Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do governo Jair Bolsonaro, para circular livremente em Brasília na próxima semana, durante o julgamento da denúncia contra ele por tentativa de golpe de Estado.

22/04/2025 07h19 - Atualizado há 13 horas
Moraes nega pedido de Filipe Martins para circular em Brasília
Reprodução

O que aconteceu

Julgamento acontece entre terça e quarta-feira. Defesa de Martins pediu para que o ex-assessor pudesse circular em Brasília no período diurno.

Moraes negou e reiterou a decisão anterior que permitiu a Martins acompanhar o julgamento no STF. O ministro já tinha autorizado a vinda do ex-assessor a Brasília e limitou os deslocamentos ao trajeto entre hotel, aeroporto e a sede do Supremo.

“A autorização para acompanhar o julgamento corresponde a excepcional alteração da situação do denunciado, em respeito ao princípio da ampla defesa, mas não significa uma verdadeira licença para fazer turismo ou atividades politicas em Brasília, uma vez que o denunciado encontra-se no cumprimento de diversas medidas cautelares diversas de prisão”.

Alexandre de Moraes, ministro do STF.

Ex-assessor integra o núcleo 2 da denúncia do golpe. O grupo, formado por autoridades de segundo escalão do governo, teria atuado para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota para Lula. Segundo a denúncia, Martins foi responsável por levar ao então presidente a primeira versão da minuta golpista e daria apoio jurídico na trama golpista.

Advogado de Martins causou tumulto no julgamento que analisou denúncia contra Bolsonaro. Sebastião Coelho tentou entrar na sessão sem ter feito inscrição e foi barrado pela segurança do STF. Ele chegou a gritar do lado de fora da sala, atrapalhando o julgamento, e acabou detido por desacato, mas foi solto pouco tempo depois.

Núcleo 2 da denúncia do golpe era "gerencial". Grupo era formado por autoridades de segundo escalão do governo, teria atuado para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota para Lula.


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