A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou uma ação contra a Câmara Municipal de Cachoeira Alta, nesta manhã de terça-feira (13). A Operação Nêmesis aconteceu por meio da delegacia do município e apura um esquema de concessão indevida de diárias a vereadores e servidores, supostamente destinadas à participação em cursos e viagens. Ou seja, “diárias fantasmas”.
Conforme a corporação, os alvos incluem oito investigados. Destes, cinco são vereadores, de um total de nove membros do legislativo. Foi apurado que eles são: o presidente da Câmara, Josuel de Freitas Lemes (PP), o vice-presidente, Shaylon Rodrigo Ribeiro (PP), e os vereadores Luziene do Niteta (UB), Renato Rosa (MDB) e Tiaguin Ramalho (Podemos). Este último foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo em sua residência. Outros acusados são dois servidores do parlamento e um terceiro investigado em outro procedimento pela suposta prática do crime de usura (agiotagem), com vínculo direto com o atual presidente da Casa de Leis.
As investigações começaram no começo deste ano após pedido do Ministério Público (MP) para apurar suposta compra de votos para eleição para a presidência da Casa. Com a investigação, a Polícia Civil descobriu a concessão indevida de diárias a vereadores e servidores ligados ao presidente da Câmara, que movimentaram, pelo menos, R$ 110 mil em quatro meses.
Além disso, a corporação apurou que os cursos não eram realizados, uma vez que a frequência não era cumprida. Foi descoberto, ainda, os indícios de compra de votos (corrupção eleitoral), cujos dados foram enviados para a Polícia Federal (PF).
O PORTAL entrou em contato por e-mail e pelas redes sociais com os vereadores e a Câmara e aguarda retorno. O espaço segue aberto.