Ministro defende "transparência total" em meio ao apagão de dados no INSS

Conforme mostrou o Correio, em reportagem, o último Boletim Estatístico da Previdência Social foi publicado em dezembro de 2024

16/05/2025 07h11 - Atualizado há 18 horas
Ministro defende transparência total em meio ao apagão de dados no INSS
- (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)

Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel, durante audiência pública no Senado; ao fundo, o senador Dr. Hiran (PP-RR) 

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira (15/5), em audiência pública no Senado, que a determinação dada aos colaboradores desde que assumiu a pasta, há duas semanas, é de “transparência total”.

Queiroz foi questionado pelos senadores sobre o apagão de dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Conforme mostrou o Correio, em reportagem, o último Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps) foi publicado em dezembro de 2024. À época, somando todas as filas de reconhecimento inicial de direitos, eram 2,043 milhões de pessoas à espera da liberação de algum benefício. 

“Houve uma mudança de gestão do INSS. Houve uma mudança do presidente, uma mudança dos diretores, outros cargos de relevância estão sendo alterados, portanto é normal que nesse processo de transição haja um atraso na divulgação”, disse o ministro na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor.

O chefe da pasta defendeu a divulgação regular das estatísticas, mas não deu prazo ou perspectivas para as atualizações. “Esse boletim existe há mais de 40 anos, é baseado nele que a academia, o IBGE, o Ipea e o próprio governo e a sociedade retiram as informações do andamento de todos os processos do INSS.”

“Eu defendo, pessoalmente, que esses dados sejam divulgados a cada 45 dias, como é a praxe. Nossa administração, nós vamos primar pela divulgação do Beps como fonte única dos dados do INSS”, emendou.

CPMI

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) lembrou do histórico político do ministro, que foi deputado federal por Pernambuco pelo PDT, e o questionou sobre a ausência de assinaturas da base governista no requerimento para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes no INSS.

“Já que o governo quer colocar culpa no governo anterior, coisa completamente descabida, já que os gráficos mostram que explodiram as fraudes no governo Lula, por que a base não assinou a CPMI?”, indagou. “A gente quer investigar essa tragédia humanitária com os brasileiros. Por que não existe, até agora, nenhuma assinatura da base do governo Lula?”

O ministro afirmou, então, que não pode falar pelos senadores e pelos deputados. “O que eu posso dizer é que esse é um governo que não tem medo. É um governo que mandou chamar a polícia, é um governo que deflagrou a operação, é um governo que acabou com a farra dos descontos”, disse.


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