O que parecia apenas uma lenda urbana se confirmou mais uma vez: um cemitério reapareceu após décadas submerso em um lago de Goiás. Com a baixa de mais de dois metros no nível da água do Lago de São Domingos, antigos túmulos voltaram a ficar visíveis, incluindo uma cruz de madeira que segue preservada após mais de 30 anos debaixo d’água.
O fenômeno aconteceu no Lago São Domingos, localizado no município de mesmo nome, a cerca de 569 quilômetros de Goiânia. O local ficou famoso justamente por esconder um cemitério submerso, que reaparece sempre que o nível da água baixa drasticamente.
O cemitério foi inundado na década de 1980, quando o governo de Goiás, por meio da então Celg, decidiu represar o local para construir uma usina hidrelétrica. Antes disso, a cidade dependia de um gerador que funcionava apenas das 18h à meia-noite. Com o projeto, além do cemitério, foram submersos também casas, comércios e até um campo de futebol da antiga cidade.
Cemitério reaparece após décadas submerso em lago de Goiás
Apesar de, na época, os restos mortais terem sido transferidos para o atual cemitério da cidade, as estruturas dos túmulos e parte dos muros permaneceram no fundo do lago.
O local já foi tema de vídeos de curiosidades e registros de mergulhadores, como o bombeiro e mergulhador Marcelo Peregrino, que já explorou as profundezas do cemitério submerso.
Mistérios e relatos
O reaparecimento do cemitério submerso em Goiás também reacendeu relatos e comentários nas redes sociais. “Esse lago é meio assombrado. Tava andando aí à noite e senti algo me puxando”, escreveu um internauta. Outro comentou: “Pra quem não sabe, antes de represar foram tirados os restos mortais e levados para o atual cemitério.” Já uma terceira pessoa relatou: “Já banhei lá e achei o máximo, muito lindo.”
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Morte no lago São Domingos
Apesar da beleza do local, ele também já foi palco de tragédias. Em 2022, o locutor de rodeio Joselito Estrada, conhecido como Junyo Estrada, morreu afogado no Lago São Domingos. Ele estava com amigos quando pulou na água e não retornou à superfície. Junyo era natural da Bahia e bastante conhecido no meio dos rodeios e festivais agropecuários na região de Montes Claros (MG), onde morava.