Em face da investigação que apura as circunstâncias de uma fratura no fêmur sofrida por uma recém-nascida após realizar o teste do pezinho, em Aparecida de Goiânia, o laboratório que atendeu a bebê emitiu nota negando a suspeita de que a lesão tenha sido causada por imperícia dos profissionais.
“A empresa lamenta profundamente o ocorrido com o bebê e entende plenamente a preocupação da família. No entanto, gostaríamos de esclarecer que o teste do pezinho foi realizado por profissionais com ampla experiência em coleta, utilizando o protocolo apropriado para este tipo de atendimento em recém-nascidos”, diz a nota.
O laboratório afirma também que o procedimento realizado “transcorreu normalmente” e sem qualquer intercorrência durante a coleta. “A família deixou a unidade de forma tranquila e sem nenhum registro de anormalidade no atendimento. Desde o momento em que fomos contatados pelos pais, temos prestado todos os esclarecimentos necessários quanto ao atendimento realizado, nos solidarizando com a situação”.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Pais da pequena foram quem procuraram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia na segunda-feira (16) para denunciar o caso. Segundo eles, na noite seguinte à realização do teste do pezinho, feito na quinta-feira (12/6), a bebê chorou muito e desenvolveu uma mancha roxa na perna esquerda.
“Em depoimento prestado aqui ontem, a mãe disse que ficou o tempo todo com a bebê durante a realização do teste e que estranhou o fato das enfermeiras, após terem dificuldade para colher o sangue, realizarem uma massagem na perna esquerda na dela. A princípio nós apuramos o crime de lesão corporal culposa, mas vamos ainda temos que ouvir várias pessoas para descobrir se essas profissionais eram qualificadas para o atendimento ou se faltaram técnica e habilidade na hora do exame”, descreveu a delegada Sayonara Lemgruber, titular da DPCA de Aparecida de Goiânia.
A fratura na perna da recém-nascida, ainda segundo a policial, foi confirmada dois dias depois do teste do pezinho, após os pais buscarem atendimento em duas diferentes unidades de saúde. O pai e a mãe da bebê moram no Tocantins e vieram para Goiás apenas para o parto, que foi realizado em Goiânia. As identidades deles não foram reveladas. Em decorrência da fratura, a recém-nascida está usando uma botinha de gesso.