Polícias Civis de Rondônia (RO) e do Paraná (PR) cumpriram, na manhã desta terça-feira (24/5), mandados judiciais contra uma organização criminosa investigada por desviar parte dos salários de jogadores de futebol de times brasileiros.
Uma megaoperação policial desarticulou uma quadrilha que gerou um prejuízo de R$ 1 milhão a jogadores de futebol com desvio de salários. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os criminosos utilizavam documentos falsos e dados pessoais de jogadores para abrir contas bancárias fraudulentas.
Em seguida, solicitavam a portabilidade do salário das vítimas para essas contas. Assim que os valores eram transferidos, os golpistas realizavam saques, compras ou novas transferências, dificultando o rastreamento do dinheiro.
33 mandados judiciais foram cumpridos nesta terça-feira (24/6) pelas Polícias Civis de Rondônia (RO) e do Paraná (PR) durante a Operação Falso 9, contra uma organização criminosa investigada por desviar parte dos salários de jogadores de futebol de times brasileiros. Os desvios eram feitos por meio de golpes financeiros. Desse quantitativo, 22 eram de busca e apreensão domiciliar, nove de prisão preventiva e dois de prisão temporária.
A ação contou com o apoio das Polícias Civis do Amazonas (AM) e a de Mato Grosso (MT), além do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Os mandados foram cumpridos em Almirante Tamandaré (PR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Lábrea (AM) e Porto Velho (RO) e mobilizou cerca de 100 policiais.
O prejuízo total estimado ultrapassa R$ 1 milhão, dos quais R$ 135 mil foram bloqueados preventivamente. A instituição financeira envolvida detectou a fraude e, após corrigir a vulnerabilidade do sistema, ressarciu os clientes afetados, que não tinham conhecimento do golpe.
A investigação, iniciada em janeiro deste ano, também identificou que empresas sediadas em Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO), além de pessoas físicas, foram beneficiadas pelos desvios. Juntos, esses destinatários receberam mais de R$ 287 mil.
Os investigados poderão responder por crimes como estelionato eletrônico, falsa identidade, uso de documento falso, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 33 anos de prisão, além de multas.