Tarifaço: Alcolumbre e Motta dizem que Congresso agirá com "equilíbrio e firmeza"

Em nota conjunta, líderes da Câmara e do Senado mencionam Lei da Reciprocidade e defendem resposta baseada no diálogo diplomático e comercial

11/07/2025 09h03 - Atualizado há 11 horas
Tarifaço: Alcolumbre e Motta dizem que Congresso agirá com "equilíbrio e firmeza"
(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

"Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da nossa economia, do nosso setor produtivo e da proteção dos empregos dos brasileiros", diz a nota - 

Em nota conjunta, divulgada nesta quinta-feira (10/7), os presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiram à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Os chefes do Legislativo defenderam uma resposta baseada no diálogo diplomático e comercial, mas ressaltaram que o Brasil tem instrumentos legais para proteger sua soberania econômica.

“O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos”, afirmam os parlamentares. No comunicado, eles mencionam a aprovação da Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada recentemente pelo Parlamento, como um mecanismo institucional que permite ao Brasil adotar medidas semelhantes contra países que imponham barreiras unilaterais ao comércio nacional.

A nova legislação, citada como uma conquista do Legislativo, dá respaldo jurídico à adoção de sanções ou retaliações tarifárias, a depender do avanço das negociações diplomáticas e da resposta dos setores afetados. A medida ganhou atenção especial após a decisão de Trump, que relacionou diretamente o aumento da tarifa a críticas brasileiras ao Judiciário e às plataformas digitais dos EUA.

Alcolumbre e Motta reforçaram o compromisso do Congresso com a estabilidade econômica e a geração de empregos no país. “Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da nossa economia, do nosso setor produtivo e da proteção dos empregos dos brasileiros”, diz a nota.

A cobrança pública dos presidentes da Câmara e do Senado soma-se à série de manifestações de parlamentares contrários à decisão americana. A Comissão de Relações Exteriores do Senado já articula uma missão parlamentar a Washington, prevista para setembro, com o objetivo de conter os impactos da medida e abrir diálogo direto com o Congresso dos Estados Unidos.


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