29/08/2017 às 06h54min - Atualizada em 29/08/2017 às 06h54min

Temer vai à China para tentar vender empresas brasileiras

Dias depois de o governo ter anunciado o plano de privatizar 57 ativos públicos e às vésperas de fazer uma viagem para a China, o presidente Michel Temer afirmou, em entrevista a uma TV chinesa, que conta com o interesse dos investidores chineses pelas concessões. A entrevista, que foi concedida na sexta-feira, 25, em São Paulo, só foi disponibilizada nesta segunda-feira, 28, pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.

Na conversa, Temer afirmou que quer dizer pessoalmente ao presidente da China, Xi Jinping, que o governo brasileiro pretende conceder “57 setores” à iniciativa privada. “E esperamos que a China possa se interessar por participar desses eventos, dessas concessões que vamos fazer, e que possa trazer capital para o Brasil. Para nós, seria muito útil”, afirmou.

O presidente, que declarou também que espera que os investidores chineses venham cada vez mais para o Brasil, citou a Eletrobras, empresa que também será privatizada. “Um grande organismo que trata da energia elétrica no nosso País, que é a Eletrobras, os estudos já vão adiantados para que haja participação muito intensa do capital acionário”, disse.
 

Temer embarca nesta terça-feira, 29, para o país e, no dia 1º de setembro, realiza uma visita de Estado a Pequim a convite do presidente Xi Jinping. Entre os dias 3 e 5, Temer participará na cidade de Xiamen da 9ª Cúpula do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Na conversa, o presidente também afirmou que o Brasil, assim como a China, tem feito reformas acentuadas, citando como exemplo a PEC do Teto e a reforma trabalhista. “A modernização trabalhista está fazendo um sucesso extraordinário”, disse Temer “E temos outras reformas pela frente, como a reforma da Previdência Social”, acrescentou.

Temer, além disso, falou sobre os Brics e disse que, na sua opinião, todos os países estão “mais ou menos” no mesmo caminho. Disse ainda que não vê nenhum “gesto de enfraquecimento” do grupo, mas sim de fortalecimento. “É uma associação que deu muito resultado, os países têm a mesma postura, têm o mesmo tamanho dentro da organização, as reuniões anuais são muito oportunas”, disse.


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