07/09/2017 às 07h15min - Atualizada em 07/09/2017 às 07h15min

‘Escolheria uma arma de fogo”, diz Marco Aurélio sobre eventual duelo com Gilmar

Em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, ministro do Supremo admitiu 'inimizade capital' entre ele e colega da Corte

Estadão Conteúdo

Desafeto do ministro Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello tornou pública a antipatia pelo colega da Corte nesta quarta-feira, 6, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre. Segundo Marco Aurélio, existe uma ‘inimizade capital’ entre ele e Gilmar.

 

“Em relação a mim ele passou de todos os limites inimagináveis. Caso estivéssemos no século XVIII, o embate acabaria em duelo e eu escolheria uma arma de fogo, não uma arma branca”, disparou.

 

Marco Aurélio preferiu não comentar a declaração de Gilmar, que considerou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um “delinquente” em meio ao processo envolvendo a delação premiada de executivos da JBS. “Eu não me pronuncio, não sou censor do ministro Gilmar Mendes”, disse à Rádio Guaíba.

 

No âmbito da Lava Jato, o ministro Maro Aurélio traçou um paralelo com o caso envolvendo a mala de R$ 500 mil do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) com os R$ 51 milhões localizados no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). “É uma malinha de mão, sem dúvida. É algo inimaginável.”

 

Ainda sobre as ações da Polícia Federal, Marco Aurélio adverte que ‘as mazelas e os desvios de conduta não são mais escamoteados’.

 

“O homem público, antes de cometer qualquer deslize, vai pensar mil vezes, ao pensar que a Polícia Federal, o Ministério Público e a magistratura estão funcionando”, concluiu.


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