policial militar reformado José Arimatéia Costa, suspeito de matar um vizinho a tiros em Samambaia, no Distrito Federal, foi preso na noite deste sábado (9) no Gama. Segundo a Polícia Militar do DF, a prisão foi feita pela Corregedoria da corporação.
A PM informou que o policial quebrou o braço e deve passar por uma cirurgia. Ele vai ficar sob custódia e, após alta médica, será levado à carceragem da corporação, que fica próxima ao Complexo Penitenciário da Papuda.
O crime aconteceu na noite de quinta-feira (7). Costa e um vizinho, Adilson Silva, 36, discutiram em um grupo de mensagens do condomínio onde moravam, em Samambaia.
De acordo com a Polícia Civil, depois da troca de mensagens Costa foi até o apartamento de Silva, onde voltaram a discutir e entraram em luta corporal. Em seguida, o policial reformado sacou uma arma e disparou contra o vizinho.
Ainda na noite de quinta, a Polícia Civil ouviu outros dois moradores do prédio e a mulher da vítima, que presenciou o homicídio. A Polícia Civil informou que o Costa disparou duas vezes contra Silva, que foi atingido no tórax e morreu no local.
Depois do crime, o policial reformado fugiu de carro. Imagens das câmeras de segurança do condomínio registraram o momento da fuga
A discussão começou às 18h, por mensagens pelo WhatsApp. Em uma imagem, o policial militar José Arimatéia Costa mostrou uma mancha branca que apareceu na janela do apartamento, e acusou o vizinho de cima de ter "cuspido pasta de dente" pela janela.
Em resposta, Silva enviou uma sequência de mensagens e áudios, em que negava a "autoria" da mancha e chamava o vizinho para resolver as coisas "pessoalmente".
"Meu irmão, você tá a afim de resolver sua porra, você venha pra cá e fale, tá bom? Não venha pra cá botar porra de grupo. Você não sabe o que tá falando, não. [...] Cheira essa desgraça aí e veja se é uma pasta de dente, rapaz! [...] Suba aqui pra gente conversar."
Apartamento onde PM reformado matou vizinho por causa de briga em aplicativo de conversa (Foto: TV Globo/Reprodução)
A discussão virtual cessou e, minutos depois, vizinhos ouviram tiros no apartamento de Adilson. Em um áudio enviado no mesmo grupo, uma mulher fala sobre o momento do crime. "Já acionei o 190 aqui para chamar a polícia. Mas foi um negócio, assim, violento, e eu vi na hora que ele disparou a arma".