19/09/2017 às 06h59min - Atualizada em 19/09/2017 às 06h59min

Audiência entre empresas de ônibus e rodoviários termina sem acordo

Empresas e sindicato continuam sem acordo sobre propostas de reajustes nos salários e benefícios de rodoviários. Negociação segue agora sem mediação da Justiça

Desde a retomada das negociações, após a paralisação de 28 de agosto, o TRT realizou reuniões entre os rodoviários e empresas para tentar uma conciliação
As empresas de ônibus e o Sindicato dos Rodoviários se reuniram novamente na manhã desta segunda-feira (18/9), no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), mas seguem sem um consenso sobre as reivindicações dos trabalhadores da categoria. Mesmo com o impasse, os rodoviários não têm previsão de paralisação do transporte público ou de assembleias. 
Como não houve conciliação, a desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, responsável pelo caso, abriu prazo de 48 horas para que o sindicato apresente a defesa nos problemas apontados pelas empresas Consórcio HP-Ita, Auto Viação Marechal, Viação Pioneira, Viação Piracicabana e Expresso São José. Além disso, os empregadores devem se manifestar sobre o pedido feito pelo sindicato, de reconsideração de uma liminar concedida pela desembargadora, em 28 de agosto, determinando os percentuais de circulação de veículos durante a paralisação realizada naquele dia.
 
O processo segue em andamento e as partes podem continuar negociando sem a mediação da Justiça. Se chegarem a um acordo, podem pedir a homologação ao tribunal.
 

Impasse

 
Na sexta-feira (15/9), foi apresentada uma proposta que previa 4,75% de reajuste salarial, 5% de aumento no tíquete-alimentação, 5,5% na cesta básica e 13,55% nos planos de saúde e odontológico, que também não foi aceita pelas empresas.
 
Desde a retomada das negociações, após a paralisação, que ocorreu em 28 de agosto, o TRT realizou reuniões entre os rodoviários e as empresas de transporte público para tentar uma conciliação. Durante este período, segundo o tribunal, o sindicato não fez qualquer sinalização no sentido de um novo movimento de greve.
 

Primeiras reivindicações

 
No começo das negociações, o sindicato reivindicava reajuste salarial com aumento real sobre a inflação e as empresas ofereciam apenas a reposição inflacionária do período. Com a mediação do TRT, o sindicato passou a aceitar um reajuste de 6% nos salários, com 6% de aumento no tíquete-alimentação, 7% na cesta básica e 15% nos planos de saúde e odontológico.
 
As empresas mantiveram a proposta inicial de 4,23% de reajuste linear, com mudança da data base da categoria, de maio para agosto. Na reunião de hoje, eles informaram que poderiam estudar a proposta apresentada pela Justiça, se houvesse concordância por parte dos trabalhadores. Como o sindicato revelou que a proposta não atendia aos anseios da categoria, a desembargadora encerrou a fase de tentativa de conciliação.
 
De acordo com o sindicato, uma reunião entre diretores será realizada na próxima teça-feira (19/9) para definir se haverá paralisações e assembléias. A categoria pede ajuda do governo do Distrito Federal para pressionar as empresas. "Prepararemos a categoria para greve, mas ainda não sabemos quando será. A população será informada para poder se programar", afirmou João Jesus de Oliveira, vice-presidente do sindicato. 

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