Neste momento, o homem teria aberto o portão. Quando Tatiane entrou, ele a esfaqueou. A menina de 12 anos presenciou a mãe ser morta e ainda tentou fazer Ronaldo parar. Depois de cometer o crime, o homem fugiu em um Renault/Fluence.
Em 2013, Tatiane fez uma denúncia de Maria Penha. O caso é investigado pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia). Levantamento do Correio mostra que, até outubro, pelo menos 15 mulheres foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal.
"Família arrasada"
Familiares contaram ao Correio que durante os quatro anos de união de Tatiane e Ronaldo ele “batia muito nela”. Após a separação, quando “ela não aguentava mais” as agressões, ele ainda insistia para reatarem. “Ele ia na casa dela direto. Bebia muito e desconfiamos até que estava usando drogas”, contou uma prima.
A filha mais velha de Tatiane, uma menina de 12 anos, que presenciou o ataque está sob controle de remédios. “Ela está dopada, fala que ele (Ronaldo) vai pagar por isso e que é um covarde. Muito difícil a família está arrasada”, completa.
Repercussão
Nas redes sociais, familiares de Tatiane lamentaram a morte. Os parentes trocaram a foto de identificação por uma imagem com a palavra “luto”. Um irmão de Tatiane, Pedro Leal, escreveu uma mensagem se despedindo. “Vai com Deus irmã. Vai deixa muita saudades”, declarou.
As publicações de Tatiane no Facebook mostram detalhes de sua rotina. Além de fotos com as filhas, ela divulgava momentos em família, como em almoços e passeios. Num post de dezembro de 2012 ela se declarou para o então marido. “Ronaldo você é o presente que Deus me deu”, publicou.