Investigados foram ouvidos na Delegacia Especial de Combate aos Crimes contra a Administração Pública (Decap) da Polícia Civil do DF
Cerca de 40 ônibus das empresas envolvidas no esquema de corrupção desmantelado pela segunda fase da Operação Checklist podem deixar de circular. De acordo com o delegado Virgílio Agnaldo Ozelami, da Delegacia Especial de Combate aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), os veículos eram liberados mesmo com problemas na rampa de acesso a cadeirantes e vazamento de óleo. Quatro pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (5/10) acusadas de fazer parte da quadrilha.
As investigações apontam que servidores da Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa) cobravam propina das duas cooperativas cujos veículos fazem vistoria na rodoviária do Gama. Os valores variavam de R$ 35 a R$ 800 por liberação.
“Além das greves que têm ocorrido, a população ainda sofre com os riscos dos ônibus liberados em mau estado”, afirmou o delegado Ozelami. Ele e representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) interrogaram os detidos e mais um despachante de uma das cooperativas envolvidas, que compareceu à delegacia levado em condução coercitiva.
Entre os presos, está a presidente de uma das duas cooperativas acusadas de integrar o esquema, Marlene Francisca Alves Chagas. Segundo a investigação, a propina continuava a ser paga em outros terminais mesmo depois de a Polícia Civil ter deflagrado a primeira fase da operação, em 1º de setembro.