13/10/2017 às 07h06min - Atualizada em 13/10/2017 às 07h06min

'Izalci usa voto para salvar Temer em troca da presidência do PSDB-DF, diz Abadia

Conforme foi suscitado por Abadia o deputado pelo DF deve votar novamente contra a segunda denúncia contra Temer e mais dois ministros, acompanhando o voto do relator Bonifácio de Andrada, também do PSDB.

O PSDB-DF pode implodir e corre o risco de sumir diante de brigas internas. Durante 23ª sabatina política realizada pela Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal e Entorno (ABBP), ocorrida nesta segunda-feira (9), na Associação Comercial do Distrito Federal, uma das revelações feitas pela ex-governadora Maria de Lurdes Abadia deixa a entender que o deputado federal Izalci Lucas teria dado o seu voto como moeda de troca ao PSDB Nacional, para barrar as denúncias de corrupção contra Michel Temer, a sua permanência no comando do PSDB Local. Ouça no áudio a baixo.

 

É cada vez mais acirrada a briga interna dentro do PSDB-DF o que pode levar ao esvaziamento da legenda no Distrito Federal. A situação ficou pior com o esforço que vem fazendo uma banda do partido, a nível nacional, para salvar Michel Temer das acusações de corrupção estourada pelos delatores da JBS-Friboi.

 

“Ele foi ao Tasso (Tasso Jereissati/ Presidente Nacional do PSDB), mostrando que pode usar o voto dele como deputado, que é muito importante, como usou no impeachment de Dilma e deve agora usar para a questão do Temer. Ele tem essa importância e esse poder a cima de nós. Nós não temos mandato, não temos nada”, disse Maria de Lurdes Abadia ao se referir ao deputado federal Izalci Lucas.

 

Na primeira denúncia apresentada, em agosto passado, contra o presidente da República, Izalci estava entre os 22 deputados da bancada tucana que votou pela rejeição da denúncia seguindo o voto do relator, o também tucano, de Minas Gerais, Paulo Abi-Ackel.

 

Conforme foi suscitado por Abadia o deputado pelo DF deve votar novamente contra a segunda denúncia contra Temer e mais dois ministros, acompanhando o voto do relator Bonifácio de Andrada, também do PSDB.

 

“Agora, ele chegou no plano nacional e disse: ou eu fico na presidência ou eu saio do partido”, disse Abadia.

 

Ela afirmou que tem a esperança de que o presidente do partido, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ouça o outro lado da história. “Até agora ele só ouviu o Izalci”, reclama.


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