Ao retomar, vejo algumas novidades em relação às eleições para governador em 2018:
1 – O advogado Ibaneis Rocha tornou pública sua pretensão de se candidatar ao governo de Brasília, o que vem planejando desde o ano passado. Ibaneis, que presidiu a OAB-DF e é secretário-geral adjunto da OAB nacional, tem em tese o perfil do outsider que tanto se busca. Mas já está cometendo erros que podem comprometer essa imagem.
2 – O PT, em busca de retomar o espaço eleitoral perdido e se diferenciar da política tradicional, abriu um processo de discussão antes de definir seu candidato ao governo: “O DF e o Brasil que o povo quer.” Os petistas estão animados com o desempenho de Lula nas pesquisas para presidente, apesar dos desgastes, mas não têm quadros com força para disputar o governo e a rejeição ao partido é grande.
3 – O governador Rodrigo Rollemberg conta com a folga financeira que obteve com as mudanças na previdência e com a superação dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal para dar a largada em sua tentativa de reeleição. Conta, também, com a ausência de candidatos fortes para disputar com ele. Está cumprindo agenda de candidato, mas enfrenta uma deterioração de imagem que pode inviabilizar seus planos.
4 – O PDT finalmente formalizou o que está fazendo na prática há muito tempo: descolar-se de Rollemberg e viabilizar candidatura própria ao governo. O distrital Joe Valle é uma alternativa e o partido conversa com Ibaneis Rocha e Jofran Frejat. Mas cada um deles tem seus problemas.
No mais, tudo igual, inclusive os lobbies de candidatos em blogs patrocinados e colunas e as matérias óbvias nos jornais. Nas próximas notas vou procurar explicar melhor os “mas” que ainda mantêm o quadro eleitoral em Brasília totalmente indefinido e sem favoritos.