A decisão do Senado, que devolveu o mandato a Aécio Neves (PSDB-MG), fez o Instituto Ethos abandonar o Conselho de Transparência do Senado; denunciado sob acusação de obstrução de Justiça e corrupção passiva, Aécio estava afastado das atividades parlamentares e proibido de deixar sua residência à noite desde o fim de setembro, por deliberação do STF Supremo Tribunal Federal; para o Instituto Ethos, uma organização da sociedade civil dedicada a fomentar negócios socialmente responsáveis, a decisão foi mais uma prova de que "a integridade do Senado está em questão"
O Instituto Ethos decidiu abandonar o Conselho de Transparência do Senado após a votação da casa nesta terça (17) que derrubou medidas cautelares contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Denunciado sob acusação de obstrução de Justiça e corrupção passiva, Aécio estava afastado das atividades parlamentares e proibido de deixar sua residência à noite desde o fim de setembro, por deliberação do STF Supremo Tribunal Federal.
Os senadores, no entanto, revogaram as medidas por 44 votos a 26.
Para o Instituto Ethos, uma organização da sociedade civil dedicada a fomentar negócios socialmente responsáveis, a decisão foi mais uma prova de que "a integridade do Senado está em questão".
A renúncia ao posto no Conselho de Transparência foi anunciada em carta endereçada ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB).
"O Senado Federal deveria ser um exemplo e já teve inúmeras oportunidades para demonstrar sua responsabilidade com um Brasil mais íntegro e justo, porém, até agora, fracassou. Os necessários e urgentes processos de investigação, com a justa punição das autoridades da República, são a demanda maior da sociedade brasileira. E, novamente, o Senado Federal não atende às exigências da sociedade que representa", diz o documento.