09/11/2017 às 21h37min - Atualizada em 09/11/2017 às 21h37min

Juiz dá liminar a Caiado e suspende Farra das Diárias de Marconi

Assessoria Liderança Democratas Senado
 
 
A 2ª Vara da Fazenda Pública de Goiás acatou pedido de liminar em ação pública do senador Ronaldo Caiado (Democratas-GO) e sustou, nesta quinta-feira (09/11), o decreto do governador Marconi Perillo que ficou conhecido como "Farra das Diárias".
 
O Decreto 9.026/17 aumentava em 25% das diárias do próprio governador e de seu staff. Editada no dia 18 de agosto e retroagindo até o dia 1º de Junho, o aumento coincidiu com o início de uma série de viagens que Marconi tem feito com seu vice-governador José Eliton – também beneficiado pelo decreto – na divulgação de um programa estadual. 
 
“Ficou claro o uso indevido e irresponsável do dinheiro público do estado para questões eleitoreiras.  Era uma farra de diárias com o dinheiro dos goiano. Isso tudo ficou evidente na ação que movemos como deixou clara a decisão da 2ª Vara", comemorou Caiado.
 
A liminar foi assinada pelo juiz Ricardo Prata, que usou como argumento principal a irresponsabilidade do governador em ultrapassar o limite prudencial de gastos, que corresponde a 95% da previsão orçamentária. "Assim sendo, é possível se afirmar que, em tese, houve, sim, gasto com pessoal acima do limite prudencial, o que faria perfeitamente aplicável a norma do parágrafo único, do artigo 22, da Lei de Responsabilidade Fiscal. Cabível, portanto, a concessão da tutela quanto ao pedido de suspensão do Decreto nº 9.026, de 18/02/2017, e da majoração de vantagens que dele decorreu", afirmou em sua decisão.
 
A liminar já passa a valer com sua publicação, tendo o governador Marconi até 20 dias para recorrer e justificar o motivo de ter ultrapassado o limite prudencial dos gastos do estado em benefício próprio e de seu secretariado.
 
"A decisão mostra o uso arbitrário de uma portaria em benefício próprio, mesmo colocando a saúde fiscal de todo o estado em risco", disse Caiado.
 
 
CONTAS DO ESTADO
Ronaldo Caiado também aproveitou para comentar a atual situação financeira das contas públicas de Goiás, tido como um dos estados mais endividados pelo Tesouro Nacional, fato este que não vem sido combatido nem sequer comentado pelo atual governo.
 
“O Tesouro Nacional classifica o estado de Goiás nas mesmas condições do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Alagoas e Minas Gerais, o que demonstra a situação caótica no item ‘saúde de contas públicas’. Contamos com um déficit em conta corrente de R$ 1,5 bilhão e o governador ainda está pedindo mais empréstimos para continuar essa irresponsabilidade”, criticou.
 
 

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