Malhar Judas fora de época virou moda em Brasília. E o alvo principal é o Palácio do Buriti. Diferentes segmentos da sociedade civil organizada falam em voz alta, o que antes era dito apenas a boca pequena, que enquanto aumenta a divisão entre classes sociais com seus tratores na Orla do Lago, o governador Rodrigo Rollemberg não consegue olhar para o próprio umbigo – ou para a ponta do nariz, que cresce a cada dia.
Sua administração tem sido apática. E a lentidão na tomada de decisões provoca letargia que se expande por todos os lados, afirma Andreia Ponteressi, moradora do Plano Piloto. Ela sustenta que preocupado em criar factoides e lançar sobre si os holofotes da fama, Rollemberg alardeou a desocupação da orla do Lago Paranoá ao argumento de preservar Brasilia.
– Porém, a não mais de 500 metros da sala dele no Buriti, do outro lado da rua (o Eixo Monumental) uma montanha de lixo e material reciclável se ergue na entrada do Parque da Cidade, denuncia Andreia.
Com fotos registradas em seu aparelho celular, Andreia aponta o arco de acesso ao Parque, que ficou famoso recentemente quando alguns jovens subiram sobre ele com um carro e postaram o vídeo na internet. Agora o mesmo ponto volta à mídia, desta vez por abrigar ao seu redor uma montanha de lixo.
O local, caminho de figurões da Republica, diz Andreia, está a não mais do que 200 metros da portaria principal do Ministério Público. Mesmo assim, atá a tarde deste sábado, 18, não surgiu uma única autoridade que impedisse que toneladas de lixo sejam “guardada” a céu aberto, à margem de uma via tão importante, durante dias a fio.
Desolada, Andreia Ponteressi enfatiza que Rollemberg precisa, se quer mesmo acalentar o sonho da reeleição, “começar a governar e buscar a montagem de uma equipe em cujos planos esteja a vontade de realmente cuidar da cidade, porque nos últimos dois anos, onze meses e dezoito dias a prática não tem confirmado o discurso.”