29/11/2017 às 17h20min - Atualizada em 29/11/2017 às 17h20min

Piauí inaugura maior parque de energia solar da América Latina

Energia produzida é capaz de abastecer 300 mil residências ao ano

Em meio ao semiárido quente e seco do município de Ribeira do Piauí (a 500 km de Teresina), o maior parque de energia solar em operação da América do Sul — em extensão e área ocupada — foi inaugurado nesta terça-feira (28).

 

A energia produzida pelas cerca de um milhão de placas solares do parque é capaz de abastecer ao ano, permanentemente, 300 mil residências. São 930 mil painéis solares distribuídos em 690 mil hectares. 

 

A tecnologia desenvolvida pelo Parque Solar Nova Olinda entra em plena operação com capacidade de geração de 292 MW, conforme explicou o gerente do parque, Tomassio Quadrini. E isso também faz com que ele seja o que mais produz energia no território sul americano. 

 

O investimento da Enel Green Power, companhia privada de investimentos globais, e responsável pela instalação do centro, foi de mais de 300 milhões de Dólares.

 

O gerente do Parque esclareceu que o empreendimento é fruto de um Leilão que foi feito em 2015. “Tínhamos que colocar em operação em dois anos e foi concluído em 14 meses. É fruto do trabalho de todos os envolvidos”, enalteceu.

 

Carlo Zorzoli, presidente da Enel no Brasil, explica que o custo da energia solar está diminuindo drasticamente, o que permite que se invista mais nesse tipo de produção. “Está baixando mais rapidamente. Hoje ela custa 1/4 do que custava em 2009 e é a que mais vai ter custos reduzidos com o tempo. Com isso, vai se gerando mais oportunidades como a instalação do Parque, o que implica em mais emprego e mais renda”, destacou. 

 

Ele destacou que o Nova Olinda é um marco para grupo Enel Brasil e para energia solar no Brasil. “O sol está ajudando a transformar parte do sertão em um verdadeiro mar de painéis solares”.

 

Força de trabalho 

Atualmente trabalham no Parque, cerca de 1.700 pessoas, da área administrativa ao trabalho de campo. A maioria é de outros Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Há em minoria estrangeiros, como italianos. Do total, diariamente, entre 40 a 50 pessoas fazem a manutenção de operação das placas. 

 

Quanto a mão de obra local, o gestor global da empresa, Antônio Cammisecra, conta que são cerca de 50, mas que a tendência é que esse número se expanda com o tempo porque é prática do grupo investir na capacitação de mão de obra local.

 

“Queremos fazer aqui (no Piauí) uma nova usina maior e mais tecnológica”, disse Cammisecra e não quis informar detalhes de quando e onde seria construída.


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