30/11/2017 às 07h16min - Atualizada em 30/11/2017 às 07h16min

Após expulsão do PMDB, senadora Kátia Abreu chama Jucá de 'crápula', 'canalha' e 'ladrão de vidas'

'Por que me expulsaram? Porque não faço parte de quadrilha? Porque não estou presa? Porque não uso tornozeleira?', questionou senadora.

Estadão Conteudo

Em seu primeiro pronunciamento no Senado após ser expulsa do PMDB, nesta quarta-feira, 29, a senadora Kátia Abreu (TO), chamou o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), de "canalha", "crápula" e "ladrão de vidas e almas brasileiras". Durante a fala, que durou cerca de 10 minutos, Kátia afirmou que a cúpula do PMDB "não reúne condições morais e virou o escárnio da nação".

 

"Por que me expulsaram? Porque tenho princípios? Porque tenho coerência? Porque não sou oportunista? Porque não faço parte de quadrilha? Porque não faço parte de conluio? Porque não estou presa? Porque não uso tornozeleira? Porque não tenho apartamento cheio de dinheiro? Ou porque não apareceu nenhuma mala cheia de dinheiro da senadora Kátia Abreu?", questionou.

 

Após o pronunciamento, o senador Paulo Paim (PT-RS), tentou fazer um manifesto de solidariedade à senadora, mas foi impedido de utilizar o microfone por João Alberto Souza (PMDB-MA), que presidia a sessão no momento. 

 

"Se fosse outra figura, teria havido muito mais condescendência nesta hora. Quantas horas ganhou aqui Aécio Neves para fazer uma defesa pífia a troco de nada? Quantos outros ganharam aqui um tempo exorbitante para fazer a sua defesa e receber a defesa dos colegas? E hoje eu estou impedida. Logo o senhor que é o Presidente da Comissão de Ética do PMDB?", reclamou a senadora. 

 

Ela pediu, então, que João Alberto deixasse seus colegas "desabafarem", mas ele negou mais uma vez. "Eu tenho certeza, senador, de que se fosse aqui Romero Jucá, esse canalha, esse crápula do Brasil, esse ladrão de vidas e almas alheias, o senhor teria sido mais condescendente com ele."

 

Na semana passada, o Conselho de Ética do PMDB decidiu expulsar Kátia por sua postura crítica ao governo de Michel Temer e por ter atuado de forma contrária às orientações do Palácio do Planalto sobre propostas como a reforma trabalhista.


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