A Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) da Polícia Civil do Distrito Federal prendeu uma quadrilha especializada em roubo interestadual de cargas e caminhões. Ao todo, doze pessoas foram presas, entre elas, um casal, que segundo a polícia era quem comandava o esquema. Um suspeito ainda está foragido. O alvo do grupo caminhonetes e caminhões com cargas de alto valor.
Segundo o delegado-chefe da DRFV, Marco Aurélio Souza, a organização criminosa atuava no DF e nos estados de Goiás, Bahia e São Paulo. Os roubos ocorriam na BR-020, nas proximidades de Roda Velha, distrito de São Desidério (BA) e Rosário, distrito de Correntina (BA) e imediações. “Conseguimos prender a maior quadrilha de roubo de caminhões e cargas do DF”, ressalta.
Nos roubos, as vítimas eram abordadas enquanto dirigiam os veículos e depois levadas para um carro que dava cobertura na ação. O refém só era liberado após os carros e as cargas terem sido ocultados. “Posteriormente os caminhões eram destinados a adulteração ou desmanche”, relata Marco Aurélio.Segundo ele, os caminhões e caminhonetes roubados eram escondidos em uma chácara em Planaltina. O dono da propriedade recebia um valor mensal como forma de aluguel pelo espaço.
Durante a operação foram recuperados sete caminhões, além de um carro roubado. Quatro armas de fogo e bloqueadores de sinais também foram apreendidos. Nas investigações a polícia também identificou os receptadores das cargas roubadas. Dois deles eram donos de mercados em cidades do interior de Goiás.
A investigação descobriu que o grupo adulterava os veículos de mesma marca e modelo existentes na frota de caminhões do Exército Brasileiro. Um dos membros da quadrilha, do estado de São Paulo, era o responsável pela adulteração. Também foi verificado que os criminosos faziam fretes com os caminhões roubados. Eles chegaram a render um motorista contratado para fazer o serviço.
Casal chefiava
Entre os presos estão Francisco Silva Germano, 35 anos, conhecido como “Chico”. Segundo a polícia, ele planejava as ações do grupo e fazia os contatos com os assaltantes, receptadores e fraudadores. Ele já tinha passagem por uso de documento falso. Chico, contava com o apoio da companheira dele, Morenita de Souza Nunes, conhecida como Mara, 45 anos. Era ela quem o auxiliava recebendo dinheiro dos produtos roubados, conseguia os bloqueadores de sinal e rastreadores dos caminhões e dava recados para os demais integrantes da quadrilha. Mara tem passagem por estelionato.
Os presos irão responder pelos crimes de associação criminosa, roubo circunstanciado, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, e pela posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e também de uso permitido.
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