20/12/2017 às 07h19min - Atualizada em 20/12/2017 às 07h19min

Terceirizados da limpeza de hospitais do DF param serviço para cobrar salários

Funcionários da limpeza de hospitais públicos do Distrito Federal estão parados mais uma vez por conta do atraso no pagamento de salários e de tickets refeição. Aproximadamente 400 terceirizados da empresa Dinâmica estão de braços cruzados desde segunda-feira (18).

A greve, que dura dois dias, impacta diretamente a limpeza de hospitais como Hospital Regional da Asa Norte (Hran), do Paranoá, de Planaltina, de Sobradinho, Hospital de Apoio, Hospital da Criança, Canil Público e até a própria sede da Secretaria de Saúde.

 

De acordo com o diretor do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação de Serviços e Serviços Terceirizáveis no Distrito Federal (Sindiserviços-DF), Antônio de Pádua Lemos, não há previsão para o término da greve. “Os salários de novembro estão atrasados. Vale refeição também não foi pago. E hoje ainda tem o 13º para receber”, aponta. O diretor garante que os 30% de funcionários mínimo exigidos estão sendo cumpridos.

Segundo o sindicato, o atraso nos pagamentos são constantes, tendo ocorrido em janeiro, fevereiro, maio e julho, outubro. Agora, os pagamentos de novembro, que deveriam ter sido pagos no dia 7, ainda não foram realizados.

No entanto, Lemos afirma que o Governo não fez o pagamento para a Dinâmica. “Me disseram que fizeram questão de pagar todas as outras empresas e ficou devendo justamente a Dinâmica. Os funcionários não vão trabalhar enquanto a dívida não for quitada”, conclui o diretor do Sindiserviços.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que fez metade dos pagamentos ontem e que a outra parte será paga hoje. “Já foi emitida ordem de pagamento e está sendo negociado com o banco que os funcionários sejam pagos até o meio-dia de hoje”, esclareceu. A empresa Dinâmica foi procurada, mas ainda não deu retorno.

Memória

Esta já é pelo menos a quinta greve dos servidores da limpeza de hospitais públicos. A primeira aconteceu em janeiro, quando já cobravam os salários atrasados. A segunda foi em março deste ano e o motivo era o mesmo. Em julho, com dois meses sem receber os salários, os funcionários engataram a terceira greve da categoria. A última, antes desta greve de dezembro, foi no mês passado: ao menos 1,5 mil empregados cruzaram os braços.


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