Funcionários da limpeza de hospitais públicos do Distrito Federal estão parados mais uma vez por conta do atraso no pagamento de salários e de tickets refeição. Aproximadamente 400 terceirizados da empresa Dinâmica estão de braços cruzados desde segunda-feira (18).
A greve, que dura dois dias, impacta diretamente a limpeza de hospitais como Hospital Regional da Asa Norte (Hran), do Paranoá, de Planaltina, de Sobradinho, Hospital de Apoio, Hospital da Criança, Canil Público e até a própria sede da Secretaria de Saúde.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação de Serviços e Serviços Terceirizáveis no Distrito Federal (Sindiserviços-DF), Antônio de Pádua Lemos, não há previsão para o término da greve. “Os salários de novembro estão atrasados. Vale refeição também não foi pago. E hoje ainda tem o 13º para receber”, aponta. O diretor garante que os 30% de funcionários mínimo exigidos estão sendo cumpridos.
Segundo o sindicato, o atraso nos pagamentos são constantes, tendo ocorrido em janeiro, fevereiro, maio e julho, outubro. Agora, os pagamentos de novembro, que deveriam ter sido pagos no dia 7, ainda não foram realizados.
No entanto, Lemos afirma que o Governo não fez o pagamento para a Dinâmica. “Me disseram que fizeram questão de pagar todas as outras empresas e ficou devendo justamente a Dinâmica. Os funcionários não vão trabalhar enquanto a dívida não for quitada”, conclui o diretor do Sindiserviços.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que fez metade dos pagamentos ontem e que a outra parte será paga hoje. “Já foi emitida ordem de pagamento e está sendo negociado com o banco que os funcionários sejam pagos até o meio-dia de hoje”, esclareceu. A empresa Dinâmica foi procurada, mas ainda não deu retorno.
Memória
Esta já é pelo menos a quinta greve dos servidores da limpeza de hospitais públicos. A primeira aconteceu em janeiro, quando já cobravam os salários atrasados. A segunda foi em março deste ano e o motivo era o mesmo. Em julho, com dois meses sem receber os salários, os funcionários engataram a terceira greve da categoria. A última, antes desta greve de dezembro, foi no mês passado: ao menos 1,5 mil empregados cruzaram os braços.