INTRODUÇÃO
O propósito deste trabalho é analisar a natureza, especificidade e necessidade da política no pensamento aristotélico com analise na Biblia. É extremamente importante o estudo da ética, da moral e do direito, tendo em vista que estamos passando por um processo muito rápido de degradação moral, seja na política, na educação, na justiça, na economia, no trabalho e em muitas outras áreas. Assim, se faz necessário organizar um novo referencial de orientação do comportamento humano, em que prevaleça “o bem de todos”, que a própria Constituição Federal assegura em seu artigo 3º, IV, representado pelo trabalho, favorecimento, agir pensando um no outro, não só em relação às pessoas com as quais se convive, mas também se reportando às gerações passadas e às futuras. A ética é entendida como ciência da moral para aqueles que estudam a ética como ciência, cujo objeto é o estudo da moral. Assim, o objeto da ética seria o comportamento moral dos homens, tendo seu valor como teoria naquilo que explica e não no fato que recomenda ou prescreve. Procura-se determinar qual a essência, a origem e quais as condições objetivas e subjetivas do ato moral. Não há uma única moral, pois esta varia no tempo e no espaço. Assim, este artigo analisou a ética na política de Deus e de Aristóteles fazendo um paralelo no comportamento do homem em relação a Deus.
- O CARETER POLÍTICO DE DEUS
Para entendermos a política de Deus é preciso analisar o que é política. A palavra política tem origem na palavra grega “polis” que significa cidade. As polis, ou cidades gregas eram as cidades-estados da Grécia Antiga. Estas cidades eram centros administrativos de onde saía às decisões, cada cidade tinha uma oligarquia (pequeno grupo) que os governavam. Logo o termo política foi associado com governo, governança ou administração. Portanto política também é conhecida como a arte de governar, quando se exigem direitos, quando alguém se opõe ao outro, quando há dialogo, quando governamos o nosso lar praticamos a política.
Em seu livro A Republica, Platão desenvolveu o pensamento que achava ser a ideal forma de governo. Para Platão a educação deveria ser a política publica mais respeitada e assumida exclusivamente pelo estado. Aristóteles no livro POLÍTICA faz distinção entre o público e o privado, a esfera privada ele demonstra que a familia é responsável pela educação moral, pois tem o ambiente favorável para desenvolver em seus membros uma ética individual para a boa convivência no lar e assim sendo, a convivência na polis que é a esfera superior, será amistosa. Ele entendia ainda que o homem é um “animal político” ( zoon politikon), pois tem uma natureza criativa para desenvolver sistemas políticos. Ainda segundo Aristóteles a ética e a moral recebida na administração do lar é o fator qualificador para formar cidadãos para a esfera publica, e possibilita assim a constituição dos componentes da sociedade pública de forma justa e agradável. Vemos ainda, que o pensamento político de Aristóteles é intimamente ligado a moral. Moral é um conjunto de normas que regula o comportamento do homem em sociedade, porque o fim do estado segundo Aristóteles é a virtude que está na formação do cidadão.
A característica fundamental da moral aristotélica é, portanto o racionalismo, visto que a virtude consciente segundo a razão, que exige o conhecimento absoluto metafísico da natureza e do universo, natureza segundo a qual e na qual o homem deve operar.
Na doutrina de Aristóteles a política é distinta da moral, porque a moral é para o individuo e a política para a coletividade. Logo entendemos que o homem de moral vai praticar a política com moral. Vemos aqui a superioridade do estado ou da coletividade em relação ao bem individual, a coletividade é superior ao particular.
Doutrina semelhante à de Deus expressa na Bíblia, no livro de Genesis capitulo 41 versículos 33 a 36, ensina que o homem sábio e entendido, ou seja, um homem de moral deve governar para que aja mantimento para toda a coletividade. A política de Deus consiste na concessão de donativos e provisão para todos, ou seja, para toda a terra. Não foi assim quando Deus ofereceu o seu filho para morrer por todos? De sorte que é notória a historia de Jesus de Nazaré quando recebeu a condenação de morte sem ter errado ou cometido crime algum, mas para resgatar um povo. Com isso Deus garantiu a todos de forma igual o direito de ser salvo porem, não se vê Deus adotar o regime comunista, ou socialista de Karl Max como ensina alguns, onde todos tem que ganhar o mesmo salário e tirar de uns, para dar a outros. Deus adota o regime da justiça social onde abençoa cada um conforme sua fé necessidade e trabalho. Dessa forma o bem é garantido a todos.
Em números 33. 54 diz
: e a divisão da terra será de acordo com a população de cada tribo. As tribos maiores dividirão os pedaços maiores de terra entre si, e as tribos menores os pedaços menores. Em Atos veremos a contínua preocupação com a justiça
“
Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra”. Atos 6. 3 (Bíblia tradução viva).
Nos dias atuais vemos a política com maus olhos, pois os que se dizem representantes do povo são maus, interesseiros, caloteiros, cheios de ganância, corruptos e sem reputação. Ao invés de cuidar dos pobres e viúvas os defraudam tirando-lhes a educação, a saúde, segurança... No entanto os que são honestos se veem sem motivação para proporem mudanças, A verdade não é aceita pelos cidadãos, pois preferem trocar os direitos coletivos por favores pessoais.
Continua.........