09/01/2018 às 07h02min - Atualizada em 09/01/2018 às 07h02min

Mulher é baleada no peito ao reagir a tentativa de estupro na Asa Sul

Vítima, de 44 anos, foi socorrida pelo Samu e passou por uma cirurgia no Hospital de Base do Distrito Federal

Ieda Maria Neiva Rizzo, de 44 anos, foi baleada ao reagir a uma tentativa de estupro, na noite desta segunda-feira (8/1), na Asa Sul. Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) o crime ocorreu na 408 Sul, entre os blocos A e B, quando a vítima entrava no carro. 
Ainda de acordo com a polícia, a mulher teria relatado o caso na ambulância, depois que foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e transportada ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Ela levou um tiro no peito. Foi feita uma tomografia, que constatou que o tiro não atingiu o coração. Ieda passa por cirurgia para colocar um dreno no pulmão, que foi perfurado.
Os suspeitos ainda não foram localizados. De acordo com informações do zelador do prédio em que a mulher ia entrar, Gimadalbérico Antônio da Silva, as câmeras de segurança flagraram o momento em que um homem de estatura média, que usava roupa preta e boné da mesma cor, chega no local, mas sai logo em seguida. A atuação de um segundo suspeito foi narrada pela vítima, que estava conscinete durante todo o trajeto. Testemunhas afirmam, ainda, que a vítima teria ido visitar o namorado, que é morador do bloco B. 
 
Ao Correio, o zelador afirmou que os primeiros socorros foram prestados pelo companheiro da vítima. "Enquanto o homem pressionava o peito da mulher para conter o sangue, ela repetia para ele 'amor, não me deixa morrer'. Ela estava nervosa, mas bastante lúcida", contou. 


Vídeo mostra o momento em que a vítima é socorrida:
 
Número de casos aumenta

O ano de 2017 encerrou com alta de 32,4% nos casos de estupros no DF. De janeiro a dezembro, a polícia contabilizou 883 ocorrências desse tipo, enquanto no mesmo período do ano passado houve 667 denúncias. Mas, nem todas as queixas são de atos consumados em 2017. Em razão de uma maior consciência e do reconhecimento do que é o estupro, as mulheres têm procurado mais ajuda. Outro fator, segundo especialistas, é a ampliação daquilo que se caracteriza como estupro. Pela lei, ele não se resume só ao ato sexual

 
Mesmo assim, a quantidade de estupros consumados aumentou. Passou de 616 em 2016 para 687 em todo o ano passado: um salto de 12%. O acumulado de janeiro a dezembro de 2017 seguiu a tendência do que aconteceu mês a mês no DF. O crime chegou a ser o único que continuou crescendo na capital.
 
Até 15 de dezembro de 2017, 466 vítimas eram mulheres e 53, homens. A faixa etária é de 10 a 32 anos. Em todo o ano, 55% dos estupros ocorreram sem conjunção carnal e 39% dos crimes ocorreram na casa da vítima ou do autor. Em 59% dos casos havia vínculo entre a vítima e o estuprador, segundo a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF). 

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