16/01/2018 às 07h29min - Atualizada em 16/01/2018 às 07h29min

Justiça mantém prisão de policial civil acusado de roubo

A defesa do agente apresentou pedido de relaxamento da medida preventiva, que foi negado com a justificativa de que há indícios de recorrência do crime

Após ter o celular levado por Marcio Gonçalves Dias, o jovem de 19 anos prestou queixa na 27ª DP (Recanto das Emas)
policial civil preso em flagrante por roubo de celulares teve o pedido de liberdade negado pela Vara Criminal do Recanto das Emas. Marcio Gonçalves Dias, de 50 anos, foi preso em 27 de dezembro de 2017, após um morador da região denunciá-lo, depois de ser roubado por ele e outros dois envolvidos: os empresários Raimundo Valério da Silva Filho, 50, e Gutemberg Eloi Dantas, 39.
Em audiência de custódia ocorrida dois dias após a detenção, a Justiça entendeu que não houve irregularidade na prisão do agente e determinou a prisão preventiva. Após a decisão, a defesa  apresentou pedido de relaxamento de prisão, alegando que a medida  não cumpria os requisitos de autorização e que o réu é policial civil há 22 anos, tem residência fixa e não tem antecedentes criminais.
 
O pedido, no entanto, foi negado, seguindo o posicionamento do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O magistrado alegou que o acusado foi preso em flagrante e, com ele, foram encontrados vários celulares, além de objetos pertencentes à Polícia Civil, como arma de fogo, munições,  colete balístico, distintivos e carteira funcional. 
 
No texto da decisão, o juíz apontou, ainda, que há indícios de que Marcio está envolvido em associação criminosa,  já que posteriormente "outras vítimas compareceram até à 27ª DP e narraram roubos com o mesmo modus operandi que o crime ora analisado, de modo que há fortes indícios de que o paciente já vinha de outras situações em sua escalada criminosa". 
 

Entenda o caso

 
Após ser abordado e ter o celular levado por Marcio, Raimundo e Gutemberg, o jovem de 19 anos foi até a  à 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) denunciar o fato. Na ocorrência consta que os acusados interceptaram a vítima na QR 605, sob a alegação de que ele havia roubado o celular do filho de Marcio. Na abordagem, o trio desceu de um Hyundai i30, portando uma pistola pertencente à Polícia Civil e vestindo coletes da corporação. Eles usavam, também, uma arma falsa. 
 
Os detalhes do crime chamaram a atenção dos investigadores e de policiais militares. A PM, então, deteve os suspeitos, ainda dentro do carro, no Recanto das Emas. Com eles foram encontrados os pertences e, por isso, foram levados à delegacia para prestar depoimento. 
 
Na época do crima, a corporação confirmou, em nota, que Marcio fazia parte do quadro de agentes da corporação e acrescenta que a Corregedoria-Geral acompanhou a prisão e que cabe ao órgão “investigar com total isenção fatos envolvendo servidores policiais”. Além do inquérito criminal, Márcio será submetido a um processo administrativo, podendo perder o cargo público. 

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