De acordo com a delegada Mônica Ferreira, três dias após o acidente, a Polícia Civil solicitou uma autorização judicial para ter acesso aos materiais biológicos coletados da motorista para serem submetidos a exames, mas a avaliação ainda não foi entregue à polícia. A delegada também falou da importância do laudo do Instituto Médico Legal (IML) para o caso. “É necessário para aferir a capacidade volitiva da autora, para verificar se havia influências de substâncias psicoativas”, explica.
Sobre a investigação, Mônica conta ainda que já foram ouvidas oito testemunhas, entre bombeiros, enfermeiros do Samu, pedestres que presenciaram o ocorrido e outras pessoas que se apresentaram espontaneamente para prestar declarações. Outras testemunhas ainda deverão ser ouvidas. Além disso, foram solicitadas ao Departamento de Estradas de Rodagem do DF e ao Detran imagens das vias por onde a motorista vinha conduzindo. “Elas poderão indicar o comportamento dela nos momentos antes do acidente. Além disso, também fizemos um pedido judicial para que o material biológico da condutora (urina e sangue, por ex) colhido no hospital seja preservado.”
De acordo com a delegada, esse material poderá revelar se ela havia consumido algum remédio, álcool ou outra substância que possa ter interferido nas causas do acidente. O material biológico conservado poderá esclarecer a tese da família, que alega que a autora – que tinha problemas de saúde – teria tido uma crise de hipoglicemia quando do momento do ocorrido. “Também fomos ao trabalho da autora investigar seu comportamento e, segundo colegas, ela não apresentava sinais depressivos. Luciana também não tinha má conduta no trânsito, não há infrações. Estamos trabalhando no sentido de descartar hipóteses, já que não sabemos ainda o que aconteceu”, relata.
Família acredita em crise glicêmica
Familiares foram ouvidos e o marido de Luciana acredita na hipótese de que ela teve uma crise glicêmica, já que era diabética, mas para comprovar a teoria é necessária a avaliação do material biológico que aguarda autorização judicial para análise. Ele também apresentou espontaneamente o celular da motorista para que a polícia possa investigar e saber se a vítima estava ao celular enquanto dirigia o veículo.
Até agora, a autora do crime está sendo autuada por homicídio doloso eventual, mas isso pode mudar até o fim das investigações.