O deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros-DF) passou por uma saia justa nessa sexta-feira (23/2). Após perceber que seu celular estava sem sinal, o parlamentar recebeu um alerta da esposa: sua conta no WhatsApp ligada ao número funcional da Câmara dos Deputados estava enviando a contatos de sua lista telefônica pedidos de depósitos bancários.
“Eles mandaram mensagem no grupo da família. Aí minha esposa viu e achou estranho”, conta o deputado. Nas mensagens, os criminosos iniciam um diálogo e questionam se o interlocutor possui conta no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal. Em seguida, pedem para o contato realizar uma transferência sob o pretexto de que o limite bancário do deputado já havia sido ultrapassado e que o valor seria ressarcido em breve.
Ao perceber que sua conta havia sido clonada, Fonseca registrou um boletim de ocorrência eletrônico e notificou os amigos do incidente. A reação, no entanto, não foi rápida o suficiente para impedir que dois contatos do deputado caíssem no golpe. Um conhecido realizou uma transferência no valor de R$ 2 mil, enquanto outro depositou R$ 1,7 mil na conta dos criminosos e pagou um boleto de R$ 300.
O deputado afirmou que acionou a operadora telefônica, que identificou uma transação realizada por um homem portando documento falso em loja de São Paulo. A linha telefônica foi recuperada, mas a conta no aplicativo será bloqueada, segundo o parlamentar, apenas após seis dias, pois os criminosos alteraram a senha de verificação do número de celular.
Até lá, os responsáveis pelo golpe continuam em posse da conta no aplicativo e seguem enviando mensagens em nome do deputado. Fonseca estuda entrar neste sábado (24) com uma liminar na Justiça para acelerar o processo. Enquanto isso, o deputado tem se comunicado apenas por SMS.
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