03/03/2018 às 08h09min - Atualizada em 03/03/2018 às 08h09min
Vigilantes descumprem ordem judicial e decidem manter greve
O TRT-10 emitiu uma liminar obrigando o fim da paralisação. Em assembleia geral, a categoria decidiu manter a greve, mesmo sujeita a multa
Correioweb
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) expediu uma liminar, nesta sexta-feira (2/3), obrigando o encerramento da greve dos vigilantes. No entanto, na mesma noite, a categoria decidiu, em assembleia geral, manter a paralisação, desobedecendo a ordem judicial. Com isso, os bancos continuam fechados. Todos os órgãos públicos também sofrem prejuízos com falta de trabalhadores da área. Porém, no caso dos parques, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) informou que vai reabri-los no fim de semana, contando com o apoio dos servidores do órgão e da Polícia Militar.
Pela liminar, a categoria deve manter 100% do efetivo nos hospitais públicos, estações de metrô, bancos, transporte de valores, tribunais de justiça, postos do INSS e nas escolas públicas. Para os demais órgão é necessário haver 70% dos trabalhadores.
Devido ao descumprimento, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância do DF (Sindesv-DF) está sujeito a multa de R$ 100 mil por dia até julgamento final da ação. A entidade afirmou ao Correio que vai entrar com recurso à liminar e ao pagamento da multa.
Sem acordos
Em reunião de conciliação, intimada para a manhã desta sexta-feira (2) pelo TRT-10, as partes - Sindesv-DF e donos de empresas do setor - não chegaram a um acordo. A audiência no Ministério Público também não conseguiu avançar nas negociações. Com isso, a greve dos vigilantes, declarada na quarta-feira (28/2), continua.
A categoria declarou a paralisação na última quarta-feira (28/02), reivindicando reajuste de 3,10% no salário e aumento de 6,8% no auxílio-alimentação, além de manutenção das cláusulas sociais, como seguro de vida e plano de saúde. De acordo com os vigilantes, a greve só será encerrada caso as empresas aceitassem a proposta imposta pelo Sindesv, sem punir os que aderiram à paralisação.