Todos serão contaminados pelo vírus da ansiedade pré-nominata, pouco importa a coloração partidária. “Vai ser um barata-voa”, resume um parlamentar. Não bastassem os outros contratempos provocados pela crise de credibilidade dentro do meio político e o desgaste de uma eleição atípica, com o prazo menor de campanha (apenas 45 dias) e financiamento público, os candidatos precisarão de muita paciência para enfrentar a semana que vem.
Dentro do PR, o racha aumentou. Não só pela chegada da deputada Sandra Faraj, que elevou a ciumeira dentro do partido, mas pela temporada de caça a Flávia Arruda, esposa do ex-governador e cobiçada candidata a deputada federal. Pré-candidatos ao GDF, Izalci Lucas (PSDB) e Alírio Neto (PTB), não vão mais esperar o fim do feriado para procurar o casal Arruda. Eles querem uma definição rápida.
Um dos problemas identificados é a quantidade de candidatos na chapa encabeçada por Jofran Frejat, que terá Flávia, Celina Leão, Joaquim Roriz Neto, Filippelli, Laerte Bessa. É muita gente pra duas vagas. Há crise de ansiedade também no PSDB. Dividido entre Izalci e Maria de Lourdes Abadia.
Os tucanos de Brasília correm o risco de perder duas das suas principais lideranças, a ex-governadora e Virgílio Neto. Diante da indefinição do quadro, Abadia deve mesmo deixar o partido. Ela pode ingressar no PSB de Rollemberg. No PT, a tensão é grande. Sem um nome forte para encabeçar a chapa majoritária, o partido deve decidir hoje que rumo tomar. No PPS, PDT, Pros, PP e Podemos, o clima está de mal a pior. Haja Lexotan.
Os desembargadores Carmelita Brasil e Waldir Leôncio assumem o comando do TRE/DF, em 23 de abril. Com ela na presidência, e ele na vice e na corregedoria eleitoral, a vida dos políticos trapalhões não será fácil. Os dois são linha dura e não suportam o malfeito.